João Dias de Arzão, meu antepassado

Sempre tive um sentimento muito forte de pertencimento à cidade onde nasci e vivo até hoje, Itajaí. Obviamente, estes sentimentos são construídos ao longo da nossa vida, sejam eles por motivos que fossem.
Não acredito que eles estejam ali por algum outro motivo que não esses.
Talvez por sempre escutar as conversas sobre a “antiguidade da nossa família [Mafra]” aqui em Itajaí e em SC e gostar desse tema — ainda na adolescência, minha tia Neuza esteve visitando a Vila de Mafra em Portugal, e acabou nas minhas mãos um quadro dessa vila que pendurei em cima da minha cama.

Daí então, vieram estas minhas pesquisas e descubro que, além do Mafra, que estão por Itajaí desde, pelo menos, 1800 e pouco (em 1860 meu tetra-avô era vereador na primeira legislação da cidade), descubro que no ramo dos Borba, por parte materna, também no começo do século XIX, já se instalavam em Itajaí (mais precisamente, onde é hoje a Praia Brava) — minhas duas avós (das famílias Simas e Campos da Silva) nasceram na região de grande Florianópolis e vieram para Itajaí ainda pequenas.

Sempre também gostei muito de História, então, pode ser daí essa tal noção de pertencimento, sei lá.
E isso inclui minha curiosidade sobre meus ascendentes e as pesquisas (bem básicas) que faço sobre a minha genealogia, que já encontrou fatos muito interessantes, como amigos e conhecidos de décadas que também são parentes.

Agora, destrinchando um dos ramos que achava mais complicados, o da minha bisavó (por parte do meu avô materno) Amélia Miranda (a última que faltava para completar, com certeza, TODOS os meus trisavós — e faltando pouco pra nominar todos os tetra-avós), acabei chegando (segundo o FamilySearch) em um dos nominados FUNDADORES de Itajaí (sim, eu conheço as discussões acaloradas e de muitas décadas sobre “quem é realmente o fundador de Itajaí se é que ele existe possa ser nominado“), João Dias de Arzão, meu 9º avô (*)! João teria requerido terras em Itajaí em 1658!! Antes disso, ajudou a fundar a terceira cidade mais antiga do Brasil, São Francisco do Sul, no norte de Santa Catarina.

Então, vamos a mais essa árvore genealógica, com base em informações do FamilySearch (interessante notar que através do João Dias de Arzão também se chega num antepassado ao qual já tinha encontrado por outro ramo familiar, o famoso líder indígena Piquerobi (irmão do famoso Tibiriçá, que se aliou aos portugueses e, anos depois, traindo sua gente, matou Piquerobi, quando Piquerobi tentou atacar os portugueses na Guerra de Piratininga):

1. João Dias de Arzão e Maria Pedrosa
2. João Dias de Arzão e Maria Francisca do Rosário
3. Mathias Dias de Arzão e Isabel Rosa Nunes da Silva
4. Luiz Dias de Arzão e Joana Pinheiro Veloso
5. Ângelo Dias de Arzão e Alexandrina Maria da Conceição
6. Adão Ângelo de Arzão e Vicenza Rosa de Jesus
7. Manoel Vicenço de Miranda e Anna Dias
8. Paulo Bernardino Borba e Amélia Miranda
9. Pedro Borba e Rute Campos da Silva
10. Nivaldo Mafra e Rosimare Borba
11. Rômulo Mafra

(*) Há também uma discussão histórica se seria o PRIMEIRO ou o SEGUNDO João Dias de Arzão o tal constado como requerente da primeira sesmaria de Itajaí, conforme se lê na página 33 do livro de Magru Floriano “A Fundação de Itajaí – Historiografia anotada e comentada“, de 2018, disponível em PDF gratuitamente neste link. Portanto, pode ser que o verdadeira João Dias de Arzão dessa sesmaria seja meu 8º avô, conhecido como “o Moço”.

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