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Os Cunhas do Arraial dos Cunhas

abril 22, 2024

Continuando uma pesquisa genealógica, fiquei intrigado com um sobrenome que já tinha visto, mas não tinha ido mais fundo.

E, olhando no Itajaipedia (site sobre Itajaí, criado e mantido pelo Magru Floriano), descubro que sou tetraneto dos fundadores do bairro chamado Arraial dos Cunhas (que fica entre a Itaiapava e KM12 e o bairro Brilhante, na zona rural da cidade), João e Leonor!

João Antônio da Cunha (1815-1901) e Leonor Maria da Silva (1823-1902), descendentes de emigrantes de Portugal tiveram a filha Veríssima Leonor da Cunha, que casou com José Cypriano Custódio (meus trisavós) e estes são pais da minha bisavó Ana Veríssima Custódio, casada com Francisco Celso Mafra, depois vem meu avô Aristides Mafra, e finalmente meu pai, Nivaldo Mafra e eu.

Um outro fato que tem me chamado a atenção, é que mesmo com outros colonos de países como Itália estarem na região, nos meus ramos genealógicos, praticamente não há essa mistura. De todo os ramos que tenho pesquisado, no máximo, um quinto-avô alemão entre os quase 32 quintos-avós que tenho.

Provavelmente, algo da época, onde as famílias evitavam misturar-se com pessoas vindas de outras etnias/países.

João Dias de Arzão, meu antepassado

janeiro 12, 2024

Sempre tive um sentimento muito forte de pertencimento à cidade onde nasci e vivo até hoje, Itajaí. Obviamente, estes sentimentos são construídos ao longo da nossa vida, sejam eles por motivos que fossem.
Não acredito que eles estejam ali por algum outro motivo que não esses.
Talvez por sempre escutar as conversas sobre a “antiguidade da nossa família [Mafra]” aqui em Itajaí e em SC e gostar desse tema — ainda na adolescência, minha tia Neuza esteve visitando a Vila de Mafra em Portugal, e acabou nas minhas mãos um quadro dessa vila que pendurei em cima da minha cama.

Daí então, vieram estas minhas pesquisas e descubro que, além do Mafra, que estão por Itajaí desde, pelo menos, 1800 e pouco (em 1860 meu tetra-avô era vereador na primeira legislação da cidade), descubro que no ramo dos Borba, por parte materna, também no começo do século XIX, já se instalavam em Itajaí (mais precisamente, onde é hoje a Praia Brava) — minhas duas avós (das famílias Simas e Campos da Silva) nasceram na região de grande Florianópolis e vieram para Itajaí ainda pequenas.

Sempre também gostei muito de História, então, pode ser daí essa tal noção de pertencimento, sei lá.
E isso inclui minha curiosidade sobre meus ascendentes e as pesquisas (bem básicas) que faço sobre a minha genealogia, que já encontrou fatos muito interessantes, como amigos e conhecidos de décadas que também são parentes.

Agora, destrinchando um dos ramos que achava mais complicados, o da minha bisavó (por parte do meu avô materno) Amélia Miranda (a última que faltava para completar, com certeza, TODOS os meus trisavós — e faltando pouco pra nominar todos os tetra-avós), acabei chegando (segundo o FamilySearch) em um dos nominados FUNDADORES de Itajaí (sim, eu conheço as discussões acaloradas e de muitas décadas sobre “quem é realmente o fundador de Itajaí se é que ele existe possa ser nominado“), João Dias de Arzão, meu 9º avô (*)! João teria requerido terras em Itajaí em 1658!! Antes disso, ajudou a fundar a terceira cidade mais antiga do Brasil, São Francisco do Sul, no norte de Santa Catarina.

Então, vamos a mais essa árvore genealógica, com base em informações do FamilySearch (interessante notar que através do João Dias de Arzão também se chega num antepassado ao qual já tinha encontrado por outro ramo familiar, o famoso líder indígena Piquerobi (irmão do famoso Tibiriçá, que se aliou aos portugueses e, anos depois, traindo sua gente, matou Piquerobi, quando Piquerobi tentou atacar os portugueses na Guerra de Piratininga):

1. João Dias de Arzão e Maria Pedrosa
2. João Dias de Arzão e Maria Francisca do Rosário
3. Mathias Dias de Arzão e Isabel Rosa Nunes da Silva
4. Luiz Dias de Arzão e Joana Pinheiro Veloso
5. Ângelo Dias de Arzão e Alexandrina Maria da Conceição
6. Adão Ângelo de Arzão e Vicenza Rosa de Jesus
7. Manoel Vicenço de Miranda e Anna Dias
8. Paulo Bernardino Borba e Amélia Miranda
9. Pedro Borba e Rute Campos da Silva
10. Nivaldo Mafra e Rosimare Borba
11. Rômulo Mafra

(*) Há também uma discussão histórica se seria o PRIMEIRO ou o SEGUNDO João Dias de Arzão o tal constado como requerente da primeira sesmaria de Itajaí, conforme se lê na página 33 do livro de Magru Floriano “A Fundação de Itajaí – Historiografia anotada e comentada“, de 2018, disponível em PDF gratuitamente neste link. Portanto, pode ser que o verdadeira João Dias de Arzão dessa sesmaria seja meu 8º avô, conhecido como “o Moço”.

Família Borba!

dezembro 27, 2023

Bem, como são muitas informações novas (em relação a um post no Facebook), resolvi fazer outra publicação para demonstrar tanta coisa a mais na minha árvore genealógica dos #Borbas, onde, finalmente, consegui encontrar a ligação entre o meu ramo com o conhecido ramo na região do Silvestre de Borba Coelho (meu sétimo-avô), tido como um dos colonizadores da região da Praia Brava/Camboriú.

Silvestre nasceu em Biguaçu, região metropolitana de Florianópolis por volta de 1765, onde também nasceu (por volta de 1791) minha sexta-avó, Joanna Antônia da Trindade (que se casa depois com José Maria Cordeiro), filha da descendente de açorianos como o próprio Silvestre. Ele se casa com Ignacia Marianna de Jesus.

Mais tarde, vieram se estabelecer em Armação do Itapocoroy (Penha), mais especificamente na região onde hoje é a Praia Brava, em Itajaí — Itajaí ainda pertencia à Penha.

“Em 1814, no dia 11 de julho, Silvestre requereu sesmaria na Praia Brava, ao lado das terras que já possuía, que eram terras devolutas, alegando que tinha onze filhos para sustentar e as terras que possuía já não produzia o suficiente para o sustento de sua família. Dois dias depois, no dia 13 de julho, Silvestre requereu sesmaria no Rio Pequeno, afluente do Itajaí-açú, no atual município de Ilhota, onde haviam terras devolutas que estremavam, ao norte com as da viúva Mariana Dias e pelos outros lados com o rio Pequeno. (…)

“Silvestre faleceu no dia 02 de março de 1819, com 53 anos, na Praia Brava. Foi sepultado na Capela de São João Batista, em Armação de Itapocoroy, com as bênçãos do padre Bernardino José do Espírito Santo Ferreira.”

Então, vamos à árvore completa (do ramo Borba) que consegui graças às pesquisas no site FamilySearch o no blog do genealogista Telmo José Tomio, infelizmente, falecido em 2019.

1. Antônio de Borba Cabral e Mônica Mariana Rosa
2. Silvestre de Borba Coelho e Ignácia Mariana de Jesus
3. Joanna Antônia de Andrade e José Maria Cordeiro
4. Manoel Maria de Borba e Maria Ignácia de Jesus
5. Bernardino Maria de Borba e Francisca Maria Fagundes de Salles
6. João Bernardino de Borba e Maria Rosa das Neves
7. Paulo Bernardino de Borba e Amélia Miranda
8. Pedro Borba e Rute Campos da Silva
9. Rosimare Borba e Nivaldo Mafra
10. Rômulo Mafra

Agora, dois pontos interessantes que ligam os Borbas (da minha parte materna) e Mafras (parte paterna). Um deles é que há pelo menos DOIS casamentos anteriores entre os ramos dos Mafras e Borbas:

Anna da Silva Mafra e José Anastácio de Souza — este, bisneto da minha sexta-avó Joanna Antônia de Andrade, ela, neta do meu quarto-avô, José da Silva Mafra;

Maria Vieira Mafra Filha e Salustiano João de Borba, ele neto de meu quinto-avô Manoel Maria de Borba, ela, neta do meu quarto-avô, José da Silva Mafra.

O segundo ponto achei no blog do Telmo.

De acordo com que está publicado lá, meu trisavô João Bernardino de Borba foi batizado por José Cipriano Custódio e Veríssima Leonor da Cunha (meus trisavós pelo ramo dos Mafras), pais da minha bisavó Ana Veríssima Custódio, esposa do Francisco Celso Mafra.

A própria Veríssima Leonor Cunha era neta do meu quinto-avô Manoel da Silva Mafra. Enfim, o básico daquela época de casamentos entre primos e aparentados numa cidade tão pequena quanto era a Itajaí dos séculos XIX e começo do XX. ^.^

(Imagem do documento oficial dado a Silvestre de Borba Coelho pela sua sesmaria, em 1824)

As enchentes de 2023

novembro 20, 2023

Eu vivo estas situações de enchentes/alagamentos em Itajaí desde 1983/1984 quando lembro de sair de mãos dadas com minha mãe com água nas minhas pernas de criança de cerca de 7 anos e minha irmã menor nos ombros do meu pai.

Depois dessas grandes enchentes peguei as de 2008/2011 (mas não a de 2001). Nestas duas grandes, posso dizer que comecei a aprender sobre o processo destes fenômenos aqui na cidade.

E estas duas (até agora) de outubro e novembro foram mais duas para este aprendizado.

Não chegaram a ser enchentes na forma como usamos aqui.

Em outubro tivemos fortes alagamentos pelo Itajaí-açu. Já esta de novembro, foi prioritariamente o Itajaí-Mirim.

Penso que podemos chamar de enchente/inundação quando são os dois rios que afetam a cidade.

Ainda assim, quem sofre por uma ou outra, não quer saber de nomenclaturas.

E centenas de famílias em Itajaí (re)vivem novamente o drama de perder tudo ou quase tudo e, agora, começa a busca por culpados.

Os mais apontados são a defesa civil de Itajaí e Prefeitura de Itajaí, o que dá no mesmo.

Um dos motivos é de que teria havido um descrédito das previsões meteorológicas em outubro por muitos do governo.

Outro ponto seria de que não houve avisos suficientes ou bem divulgados.

Agora, aponto um dos principais problemas deste alagamento de novembro: A REPETIÇÃO de um problema “que não aconteceu”.

Sim, em outubro, a previsão era de uma GRANDE ENCHENTE que não aconteceu em Itajaí. O Itajaí-açu encheu, a parte norte da cidade foi bem atingida, mas, a região sul (e nem a parte central), por onde passa o Itajaí-Mirim, não.
Porém, em outubro o Itajaí-Mirim (em Brusque) chegou a 6m91 e o Itajaí-Açu (em Blumenau) 10m75. Já em novembro, Brusque registrou o Itajaí-Mirim com 8m96 e Blumenau 9m14.
E Itajaí é atingida pelos DOIS RIOS de cidades diferentes. Ou por um, ou pelos dois.

Esses alagamentos de novembro de 2023 me parecem que foram semelhantes aos de 2001. E nessa data, o Itajaí-Açu em Blumenau chegou a altíssimos 11m02! Infelizmente, não consegui até o momento os dados de Brusque em 2001.

E, mais um ponto. Em outubro, tivemos VÁRIOS DIAS para nos prepararmos. Nessa, de novembro, a chuva aconteceu EM UM DIA, na quinta-feira. Sexta, pouca chuva. Sábado de madrugada, a água que caiu MUITO FORTE pra cima de Brusque, chegou em Itajaí, e, aí o Itajaí-Mirim saiu da calha no final da madrugada de sábado e só desceu no final da tarde e começo da noite de domingo.

Mesmo com os avisos da Defesa Civil de Itajaí e prefeitura, muita gente achou que seria menor ou igual novembro. Ninguém quis dar muito crédito de que alagariam as partes baixas próximas aos rios da cidade.

Não descarto os problemas de comunicação do governo municipal. Mas, NO MEU ENTENDIMENTO, houve um cansaço da população, que em outubro tinha se preparado, tirado tudo de casa, para dias depois retornar com as coisas (e isso dá MUITO TRABALHO) e, que, agora, deixou a população inerte.

Há que se entender melhor o funcionamento dos nossos rios. Eu não sou especialista, só tento entender mais a cada evento climático que nos leva a este ponto. E, repito, estes eventos só se repetirão com mais frequência com o Aquecimento Global no qual já vivemos e só piorará.

Ainda, como há muitos anos, penso que deveríamos ter melhor trabalhado o sistema de cotas de enchentes em Itajaí. Inclusive, baseado nos níveis de rios em Brusque e Blumenau, nossas principais influências. E nisso, culpo nosso poder público que apenas faz um monitoramento local (e sim, avisa, faz os boletins, mas ainda não é o suficiente, principalmente quando vivemos eventos seguidos).

Precisamos de MUITO MAIS. Principalmente, uma DRAGAGEM do Itajaí-Mirim que poderia minimizar enormemente estas questões pontuais. Sem contar outros fatores, como um MOLHE (dique) na foz do Itajaí-Mirim, que, segundo estudos, melhoraria bastante o fluxo de água que desemboca no Itajaí-Açu na Barra do Rio (pag. 45 do “ESTUDO PREPARATÓRIO PARA O PROJETO DE PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO DE DESASTRES NA BACIA DO RIO ITAJAÍ”), além de piscinões (naquela curva do Itajaí-Mirim próxima à Avenida Contorno Sul me parece um local que poderia ser transformado num “piscinão” para contenção de cheias) e barragens.

E, até agora, este estudo de 2011, não recebeu maiores (ou nenhum) investimentos das prefeituras e governo do estado de Santa Catarina. E aí, a gente sabe quem paga por isso, não é?

Foto de novembro de 2023 em Itajaí nos alagamentos do Rio Itajaí-Mirim

Família Adriano

novembro 1, 2023

Mais um amigo de longa data que descubro parentesco comigo! Agora, foi com o Rafaelo de Goes (e seu pai, Odécio José Adriano, que também é amigo meu), pela família Adriano. Já tinha essa desconfiança desde que achei um antepassado meu com o mesmo sobrenome, que não é tão comum e, por isso, despertou minha curiosidade. Ontem, finalmente lembrei de perguntar pra ele os nomes dos seus avós e bisavós. Após uma busca, no último nome da última avó, consegui achar nosso antepassado em comum: Adrianno Francisco Furtado e Anna Joaquina Pereira, casados em Biguaçu em 9 de janeiro de 1804.

O que é interessante é que o sobrenome “Adriano” se dá a partir desse nosso antepassado em comum, pois, nele e para além dele, o sobrenome Adriano não aparece mais (no caso, é Furtado o sobrenome dos ancestrais desse Adrianno, sendo seu antepassado seguinte Miguel Francisco Furtado, nascido em 1746 na Ilha da Graciosa, no arquipélago dos Açores).

Porém, a partir deste Adrianno, o nome dos filhos se repete como um sobrenome, no caso do ramo do Rafaelo, Manoel Adriano Furtado, tetra-avô dele e, do meu ramo, o quinto-avô José Adriano Furtado, nascido em 1805.

O ramo familiar do Rafaelo continua a partir de Manoel Adriano Furtado com Felício Manoel Adriano e Maria Baptista Buelens, José Felício Adriano e Maria Rosa Gaya, Manoel Felício Adriano e Isabel Flores Adriano, e, finalmente, o pai do Rafaelo, Odécio José Adriano (conhecido carinhosamente como China).

Já no meu ramo, após José Adriano Furtado e Carlota Aldina de Assis, vem João José Adriano e Francisca Luiza da Graça, Maria Francisca da Graça e Nicolau Coelho Simas, Pedro Nicolau Simas e Maria Carlotta Laguna, Benta Simas Mafra e Aristides Mafra, e, finalmente, meu pai, Nivaldo Mafra e Rosimare Borba Mafra.

E, cá nos anos 1990/2000 viemos a nos encontrar aqui em Itajaí, desde os anos 1800 lá em Biguaçu, pertinho de Florianópolis, quando nossos ancestrais em comum se separaram. É legal tentar imaginar se passaria pela cabeça desse nosso ancestral Adrianno Francisco Furtado se um dia dali mais de cinco gerações seus descendentes se encontrariam e fariam amizade em outra cidade tão distante (naquela época, cerca de mais de uma semana de viagem de carroça de Biguaçu até Itajaí) da sua Biguaçu? ^.^

nas fotos, Rafaelo e eu lá no Sarau Benedito que realizamos na Feira do Livro de Porto Alegre em novembro de 2008. Na outra, eu e Odécio (China) quando fomos pro Chile com o Coro Carpe Diem, em 2007.

Família Coelho

outubro 15, 2023

Tava hoje passeando no Instagram e vi a postagem da parte de uma #árvoregenealógica de um amigo que foi nosso vizinho nos 21 anos em que moramos ali na José Russi em Itajaí, o Aloisio Coelho Junior. Moravam em frente a nossa casa e nossos pais sempre foram muito amigos, inclusive, o Aloisio, que sempre chamamos de Junior, era bem próximo dos meus irmãos.

Então, vendo esta árvore, lembrei que não minha aparecia Coelho em algum lugar. Falei com ele e ele me mandou a árvore deles no FamilySearch. E aí, rapidinho, achei nosso antepassado em comum. O trisavô do pai do Júnior, José Coelho de Avilla é tetra-avô do meu pai. Nossos antepassados em comum só mudam, nessa geração, pela avó, que na deles é de outro casamento do José Coelho de Avilla.

Quem diria que vizinhos que moravam um em frente da casa do outro durante duas décadas seriam parentes tão próximos, né? ^.^

Parte da minha árvore:

José Coelho de Avilla e Maria Rosa Sousa Soares
Silvério José de Simas e Maria Rosa de Jesus
Nicolau Coelho Simas e Maria Francisca da Graça
Pedro Nicolau Simas e Maria Carlotta Laguna
Aristides Mafra e Benta Simas Mafra
Nivaldo Mafra e Rosimare Borba Mafra
Rômulo Mafra e Claudia Linck Reichel
Bernardo Linck Reichel Mafra/Alice Linck Reichel Mafra

O porto de Itajaí, neoliberalismo e a direita itajaiense

maio 27, 2023

um curso rápidão de como funciona o neoliberalismo (no caso do Porto público de Itajaí e do Porto privado de Navegantes):

> Ex-secretário de portos no governo Bolsonaro, Diogo Piloni vira diretor em terminal do porto PRIVADO de Navegantes (complexo portuário do Itajaí)

> Comissão de Ética confirma por UNANIMIDADE conduta ilícita de Diogo Piloni, ex-secretário de Portos

continuando esta última manchete, segue o motivo: “O resultado das investigações da Comissão coloca sob suspeição as motivações de atos durante a gestão do ex-secretário que beneficiaram a BTP, que detém interesse nos leilões portuários do país, incluindo arrendamento de 2 terminais, o super terminal STS-10, de contêineres, e o terminal STS-53, de fertilizantes, do Porto de Santos.”

UMA DAS pessoas que TRABALHOU pra FERRAR com o Porto PÚBLICO de Itajaí, tentando PRIVATIZÁ-LO a todo custo, agora, ocupa um cargo no porto vizinho, do outro lado do rio, porém, PRIVADO, e tocado pela mesma empresa ESTRANGEIRA que tinha interesse em comprar o porto de Itajaí.

e aí a gente vê a oposição de DIREITA em Itajaí querendo atacar SOMENTE o governo municipal, esquecendo-se completamente do problema maior, de QUEM CRIOU o problema — e que iria se beneficiar dele, COMO ESTÁ o atual diretor do porto vizinho neste momento –: o governo federal que estava no poder até dezembro/2022!!

aí fica fácil fazer demagogia pra proteger seu mito, né? (e não, não isento o atual governo municipal de ter apoiado eleitoralmente o Ladrão de Joias e de ainda manter cargos comissionados da extrema-direita indicado por golpistas — apesar desse mesmo governo municipal ter se posicionado sempre contra a privatização do Porto de Itajaí)

ah, e outra incongruência não pode deixar de ser citada. políticos itajaienses da extrema-direita, hoje alinhadíssimos ao bolsonarismo, batendo no peito dizendo que estão lutando “a favor” de Itajaí nesta questão. ( ͡° ͜ʖ ͡°)

não estão. não estavam e não estarão. são a favor, sim, da VENDA do Porto municipal pra iniciativa privada. só agora, com a bomba jogada no colo do povo, estão fingindo sua hipocrisia típica.

20 anos deste blog!

dezembro 5, 2022

Não sei mais a data exata [editado: achei a data, foi em 6 de novembro de 2002]. Infelizmente, os arquivos do blogger foram deletados, e o que tinha, não encontro, mas achei uma publicação minha no MÃONOSCÓRNONLINE (Mcol) de novembro de 2002 falando que tinha “inaugurado” meu blog, o “famoso” “O Menino que não Machuca” na plataforma Blogger.

Ou seja, VINTE ANOS deste blog que ainda está vivo, apesar dos pesares do próprio meio “blog” ter quase morrido devido às redes sociais. Mesmo com uma “censura” do Facebook que não me deixa linkar provavelmente por causa do nome.

O nome, pra quem não sabe, nasceu da minha coluna no primeiro site estilo “portal” que teve em Itajaí, o QuerSaber?, e foi dado por um companheiro de trabalho que tentou usar a frase como piada — o qual falei na hora que tinha gostado e seria o nome da minha coluna, e, depois, passei ele para a minha coluna no mail-zine (sim, o MãonosCórno era um fanzine POR EMAIL ehehehe).

Foram 20 anos de MUITA produção, muitos textos, comentários e discussões, brigas, alguns processos judiciais (que rolam AINDA hoje, um deles), e algumas poucas ameaças de violência contra mim. Mas também do blog nasceu tanta coisa legal, tantos amigos, pessoas que acabei conhecendo por ter coragem de emitir minhas opiniões, mesmo que elas não fossem as mais adequadas em certos momentos ou que discordassem da maioria.

É isso, foi só um texto para marcar essa data, esses 20 anos publicando LIVREMENTE na internet, dando meus pitacos e aprendendo MUITO com tudo que adveio dele.

(ah, a foto e o logo são do blog original — a foto tinha feito para uma disciplina do curso de Jornalismo, sobre a “pop art”)

Reminiscências Genealógicas/Geográficas (Vila Operária)

agosto 18, 2022

Nasci e cresci no bairro de Itajaí chamado de Vila Operária, o primeiro bairro planejado da cidade, que se originou lá por volta de 1920.
Minha primeira casa foi na esquina da Rua Carlos Seara com a João Gaya, onde fica hoje o tradicional restaurante Arapuca do Ayrton. Logo quando tinha 3 meses meus pais se mudaram para a Rua José Russi, encostado no muro do Colégio Fayal, onde estudei e cheguei a me formar no segundo grau deste colégio. Na José Russi morei até meus 21 anos, ou seja, me criei ali.
Meus avós paternos, Aristides Mafra e Benta Simas Mafra moravam no Fiúza Lima. Que é um bairro, mas não é, e pertence à Vila (mas se usa “no” Fiúza e não “na” [rua] Fiúza). Como tem campo de futebol e um clube, provavelmente há esta separação que não chega a ser geográfica.
Já meus avós maternos (Pedro Borba e Rute Campos da Silva Borba) moravam na “Madevila”, onde minha avó ainda mora até hoje, na Rua Teodoro Luiz Pereira. A Madevila, apesar de também ficar muito próxima da Vila, sempre entendi como pertencente ao bairro São João, mas dizem que ali seria a divisa dos dois bairros. O nome se deu a uma madeireira que tinha na rua com este nome.

Além destes meus avós, alguns tios moraram por ali, principalmente próximos ao Fiúza ou até ao lado do campo de futebol — que até hoje está por ali.
Tinha também meus bisavós por parte de mãe, Amélia Miranda (mãe do meu avô Pedro Borba) que morava na mesma Fiúza Lima, porém, mais para o final, já no bairro São Judas, no número 633, e meu bisavô, pai da minha avó materna, Germano Campos da Silva, na Rua Alberto Werner, próximo ao conhecido Bar do Dico.
Todos estes eu cheguei a conhecer e frequentar as casas deles.
O que não sabia e só fui descobrir muitos anos depois (e até recentemente) é que outros antepassados meus também se instalaram na Vila Operária (o que não deveria me espantar, já que todos que conheci moravam ali ainda nos anos 1980/1990).

Por estes dias, fazendo algumas pesquisas genealógicas, achei a certidão de óbito do meu bisavô materno Paulo Bernardino Borba. No documento dizia que ele morava na Fiúza Lima, nº 175, isso em 1972. Meu avós paternos moravam, nessa época, na Getúlio Vargas, duas ruas em direção ao centro da Vila Operária (moramos durante uns 3 anos a partir de 1998 na Duque de Caxias, que fica entre a Fiúza e a Getúlio Vargas). Tanto que a minha tia paterna Neuza Mafra Bastiani se lembra quando esse meu bisavô por parte de mãe faleceu (e isso fui saber também dias atrás). Tempos depois meus avós paternos foram morar no número 150 da Fiúza Lima, e é onde lembro da casa deles e onde moraram praticamente até falecerem (minha vó Benta Simas Mafra morava em frente, na casa da minha tia Neuza, quando faleceu).

Já parte da minha família Mafra veio lá da Itaipava, porém, os Mafra já estão aqui por Itajaí desde antes de 1850, pelo menos, pois num mapa de Itajaí de 1858 aparecem três Mafras que são meus antepassados com terrenos no “lado de cá” e no “lado de lá” do Itajaí-Açu, quando era tudo Itajaí. Um deles era meu quarto-avô e os outros dois, irmão deste meu quarto-avô e o outro, filho dele.

Um dos aniversários do meu bisavô Germano Campos da Silva (agachado) na casa dele na Rua Alberto Werner, Vila Operária. No canto direito, meus avós materno Pedro Borba e Rute Campos da Silva Borba.

Minha mãe, Rosimare Borba Mafra, minha irmã Flávia e eu, no terreno da casa dos meus avós paternos, na Rua Fiúza Lima. Ao fundo, o campo do Clube Fiúza Lima
Outra festa de aniversário do meu bisavô Germano Campos da Silva, agora, no bar “Chopinho da Vila”
Minha vó paterna Benta Simas Mafra posando na varanda da sua casa na Rua Fiúza Lima.

Itajaí e a Ivermectina

janeiro 31, 2022

é preciso falar sobre o remédio para piolhos e vermes conhecido como IVERMECTINA. e, principalmente, Itajaí e a ivermectina, pois, provavelmente, daqui dez anos após o fim da pandemia da Covid-19 ainda teremos gente falando que “um estudo feito em Itajaí comprovou que a ivermectina funcionou contra o coronavírus” ou qualquer coisa do tipo.
nada poderia ser mais mentiroso. e explico COM DADOS OFICIAIS da própria prefeitura que “realizou o estudo” ou foi usada para o estudo (com os mesmos dados).

se em Itajaí “tivesse dado certo” o uso de ivermectina (em 2020), porque Itajaí teria sido a cidade com a MAIOR LETALIDADE por Covid de Santa Catarina?

por que Itajaí seria a SEGUNDA cidade com a MAIOR MORTALIDADE de Santa Catarina?
vamos lembrar as cidades mais populosas do estado? Blumenau, 361 mil habitantes. Joinville, 597 mil habitantes, Florianópolis, 508 mil habitantes.
ou seja, Itajaí, não tendo NEM A METADE da população de Joinville e Florianópolis, conseguiu ter a MAIOR LETALIDADE por Covid de SC em 2020 (repito, o ano da entrega em massa de ivermectina pelo governo MDB de Volnei Morastoni)!!!!
se compararmos com Blumenau (351 mil habitantes), hoje, 31/01/2022, tem 705 mortes desde o começo da pandemia.
Itajaí, que conta com cerca de 220 mil habitantes, hoje tem 813 óbitos no mesmo período!

oras, então como alguém pode dizer que um tal estudo feito em 2020 comprovou que o uso massivo de ivermectina em Itajaí resolveu alguma coisa? resolveu PRA QUEM? pra esse número ABSURDO de mortes que a cidade teve?

aí tem programete da internet falando que “Itajaí teve um estudo que comprovou” blablabla, agora, saiu um senador estadunidense “provando” que a “ivermectina usada numa cidade brasileira chamada Itajaí comprovou” mimimi.

não comprovaram NADA. usam DADOS NÃO REVISADOS POR PARES, um “estudo” também não revisado por pares que simplesmente pega os dados de 160 mil pessoas que teriam RECEBIDO o remédio, SEM CONTROLE algum se tomaram, quantos tomaram, quantos não tomaram etc.

pra ver como era essa entrega, até NO MEU NOME pegaram (ou tentaram pegar) o remédio (pra quem não sabe, SOU DE ITAJAÍ). famílias inteiras pegavam apenas levando algum documento de identificação.
desde quando este tipo de coisa pode resultar num estudo que comprova a eficácia de algum remédio?


aqui, dois links que comprovam a FARSA que foi esse tal “estudo” que usa o nome de Itajaí pra comprovar alguma coisa. o primeiro tá no site da SanarMed e é bem completo também. já este segundo, é da agência de verificação Lupa e também demonstra que o estudo não é nem estudo.