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Família Borba!

dezembro 27, 2023

Bem, como são muitas informações novas (em relação a um post no Facebook), resolvi fazer outra publicação para demonstrar tanta coisa a mais na minha árvore genealógica dos #Borbas, onde, finalmente, consegui encontrar a ligação entre o meu ramo com o conhecido ramo na região do Silvestre de Borba Coelho (meu sétimo-avô), tido como um dos colonizadores da região da Praia Brava/Camboriú.

Silvestre nasceu em Biguaçu, região metropolitana de Florianópolis por volta de 1765, onde também nasceu (por volta de 1791) minha sexta-avó, Joanna Antônia da Trindade (que se casa depois com José Maria Cordeiro), filha da descendente de açorianos como o próprio Silvestre. Ele se casa com Ignacia Marianna de Jesus.

Mais tarde, vieram se estabelecer em Armação do Itapocoroy (Penha), mais especificamente na região onde hoje é a Praia Brava, em Itajaí — Itajaí ainda pertencia à Penha.

“Em 1814, no dia 11 de julho, Silvestre requereu sesmaria na Praia Brava, ao lado das terras que já possuía, que eram terras devolutas, alegando que tinha onze filhos para sustentar e as terras que possuía já não produzia o suficiente para o sustento de sua família. Dois dias depois, no dia 13 de julho, Silvestre requereu sesmaria no Rio Pequeno, afluente do Itajaí-açú, no atual município de Ilhota, onde haviam terras devolutas que estremavam, ao norte com as da viúva Mariana Dias e pelos outros lados com o rio Pequeno. (…)

“Silvestre faleceu no dia 02 de março de 1819, com 53 anos, na Praia Brava. Foi sepultado na Capela de São João Batista, em Armação de Itapocoroy, com as bênçãos do padre Bernardino José do Espírito Santo Ferreira.”

Então, vamos à árvore completa (do ramo Borba) que consegui graças às pesquisas no site FamilySearch o no blog do genealogista Telmo José Tomio, infelizmente, falecido em 2019.

1. Antônio de Borba Cabral e Mônica Mariana Rosa
2. Silvestre de Borba Coelho e Ignácia Mariana de Jesus
3. Joanna Antônia de Andrade e José Maria Cordeiro
4. Manoel Maria de Borba e Maria Ignácia de Jesus
5. Bernardino Maria de Borba e Francisca Maria Fagundes de Salles
6. João Bernardino de Borba e Maria Rosa das Neves
7. Paulo Bernardino de Borba e Amélia Miranda
8. Pedro Borba e Rute Campos da Silva
9. Rosimare Borba e Nivaldo Mafra
10. Rômulo Mafra

Agora, dois pontos interessantes que ligam os Borbas (da minha parte materna) e Mafras (parte paterna). Um deles é que há pelo menos DOIS casamentos anteriores entre os ramos dos Mafras e Borbas:

Anna da Silva Mafra e José Anastácio de Souza — este, bisneto da minha sexta-avó Joanna Antônia de Andrade, ela, neta do meu quarto-avô, José da Silva Mafra;

Maria Vieira Mafra Filha e Salustiano João de Borba, ele neto de meu quinto-avô Manoel Maria de Borba, ela, neta do meu quarto-avô, José da Silva Mafra.

O segundo ponto achei no blog do Telmo.

De acordo com que está publicado lá, meu trisavô João Bernardino de Borba foi batizado por José Cipriano Custódio e Veríssima Leonor da Cunha (meus trisavós pelo ramo dos Mafras), pais da minha bisavó Ana Veríssima Custódio, esposa do Francisco Celso Mafra.

A própria Veríssima Leonor Cunha era neta do meu quinto-avô Manoel da Silva Mafra. Enfim, o básico daquela época de casamentos entre primos e aparentados numa cidade tão pequena quanto era a Itajaí dos séculos XIX e começo do XX. ^.^

(Imagem do documento oficial dado a Silvestre de Borba Coelho pela sua sesmaria, em 1824)

As enchentes de 2023

novembro 20, 2023

Eu vivo estas situações de enchentes/alagamentos em Itajaí desde 1983/1984 quando lembro de sair de mãos dadas com minha mãe com água nas minhas pernas de criança de cerca de 7 anos e minha irmã menor nos ombros do meu pai.

Depois dessas grandes enchentes peguei as de 2008/2011 (mas não a de 2001). Nestas duas grandes, posso dizer que comecei a aprender sobre o processo destes fenômenos aqui na cidade.

E estas duas (até agora) de outubro e novembro foram mais duas para este aprendizado.

Não chegaram a ser enchentes na forma como usamos aqui.

Em outubro tivemos fortes alagamentos pelo Itajaí-açu. Já esta de novembro, foi prioritariamente o Itajaí-Mirim.

Penso que podemos chamar de enchente/inundação quando são os dois rios que afetam a cidade.

Ainda assim, quem sofre por uma ou outra, não quer saber de nomenclaturas.

E centenas de famílias em Itajaí (re)vivem novamente o drama de perder tudo ou quase tudo e, agora, começa a busca por culpados.

Os mais apontados são a defesa civil de Itajaí e Prefeitura de Itajaí, o que dá no mesmo.

Um dos motivos é de que teria havido um descrédito das previsões meteorológicas em outubro por muitos do governo.

Outro ponto seria de que não houve avisos suficientes ou bem divulgados.

Agora, aponto um dos principais problemas deste alagamento de novembro: A REPETIÇÃO de um problema “que não aconteceu”.

Sim, em outubro, a previsão era de uma GRANDE ENCHENTE que não aconteceu em Itajaí. O Itajaí-açu encheu, a parte norte da cidade foi bem atingida, mas, a região sul (e nem a parte central), por onde passa o Itajaí-Mirim, não.
Porém, em outubro o Itajaí-Mirim (em Brusque) chegou a 6m91 e o Itajaí-Açu (em Blumenau) 10m75. Já em novembro, Brusque registrou o Itajaí-Mirim com 8m96 e Blumenau 9m14.
E Itajaí é atingida pelos DOIS RIOS de cidades diferentes. Ou por um, ou pelos dois.

Esses alagamentos de novembro de 2023 me parecem que foram semelhantes aos de 2001. E nessa data, o Itajaí-Açu em Blumenau chegou a altíssimos 11m02! Infelizmente, não consegui até o momento os dados de Brusque em 2001.

E, mais um ponto. Em outubro, tivemos VÁRIOS DIAS para nos prepararmos. Nessa, de novembro, a chuva aconteceu EM UM DIA, na quinta-feira. Sexta, pouca chuva. Sábado de madrugada, a água que caiu MUITO FORTE pra cima de Brusque, chegou em Itajaí, e, aí o Itajaí-Mirim saiu da calha no final da madrugada de sábado e só desceu no final da tarde e começo da noite de domingo.

Mesmo com os avisos da Defesa Civil de Itajaí e prefeitura, muita gente achou que seria menor ou igual novembro. Ninguém quis dar muito crédito de que alagariam as partes baixas próximas aos rios da cidade.

Não descarto os problemas de comunicação do governo municipal. Mas, NO MEU ENTENDIMENTO, houve um cansaço da população, que em outubro tinha se preparado, tirado tudo de casa, para dias depois retornar com as coisas (e isso dá MUITO TRABALHO) e, que, agora, deixou a população inerte.

Há que se entender melhor o funcionamento dos nossos rios. Eu não sou especialista, só tento entender mais a cada evento climático que nos leva a este ponto. E, repito, estes eventos só se repetirão com mais frequência com o Aquecimento Global no qual já vivemos e só piorará.

Ainda, como há muitos anos, penso que deveríamos ter melhor trabalhado o sistema de cotas de enchentes em Itajaí. Inclusive, baseado nos níveis de rios em Brusque e Blumenau, nossas principais influências. E nisso, culpo nosso poder público que apenas faz um monitoramento local (e sim, avisa, faz os boletins, mas ainda não é o suficiente, principalmente quando vivemos eventos seguidos).

Precisamos de MUITO MAIS. Principalmente, uma DRAGAGEM do Itajaí-Mirim que poderia minimizar enormemente estas questões pontuais. Sem contar outros fatores, como um MOLHE (dique) na foz do Itajaí-Mirim, que, segundo estudos, melhoraria bastante o fluxo de água que desemboca no Itajaí-Açu na Barra do Rio (pag. 45 do “ESTUDO PREPARATÓRIO PARA O PROJETO DE PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO DE DESASTRES NA BACIA DO RIO ITAJAÍ”), além de piscinões (naquela curva do Itajaí-Mirim próxima à Avenida Contorno Sul me parece um local que poderia ser transformado num “piscinão” para contenção de cheias) e barragens.

E, até agora, este estudo de 2011, não recebeu maiores (ou nenhum) investimentos das prefeituras e governo do estado de Santa Catarina. E aí, a gente sabe quem paga por isso, não é?

Foto de novembro de 2023 em Itajaí nos alagamentos do Rio Itajaí-Mirim

Família Adriano

novembro 1, 2023

Mais um amigo de longa data que descubro parentesco comigo! Agora, foi com o Rafaelo de Goes (e seu pai, Odécio José Adriano, que também é amigo meu), pela família Adriano. Já tinha essa desconfiança desde que achei um antepassado meu com o mesmo sobrenome, que não é tão comum e, por isso, despertou minha curiosidade. Ontem, finalmente lembrei de perguntar pra ele os nomes dos seus avós e bisavós. Após uma busca, no último nome da última avó, consegui achar nosso antepassado em comum: Adrianno Francisco Furtado e Anna Joaquina Pereira, casados em Biguaçu em 9 de janeiro de 1804.

O que é interessante é que o sobrenome “Adriano” se dá a partir desse nosso antepassado em comum, pois, nele e para além dele, o sobrenome Adriano não aparece mais (no caso, é Furtado o sobrenome dos ancestrais desse Adrianno, sendo seu antepassado seguinte Miguel Francisco Furtado, nascido em 1746 na Ilha da Graciosa, no arquipélago dos Açores).

Porém, a partir deste Adrianno, o nome dos filhos se repete como um sobrenome, no caso do ramo do Rafaelo, Manoel Adriano Furtado, tetra-avô dele e, do meu ramo, o quinto-avô José Adriano Furtado, nascido em 1805.

O ramo familiar do Rafaelo continua a partir de Manoel Adriano Furtado com Felício Manoel Adriano e Maria Baptista Buelens, José Felício Adriano e Maria Rosa Gaya, Manoel Felício Adriano e Isabel Flores Adriano, e, finalmente, o pai do Rafaelo, Odécio José Adriano (conhecido carinhosamente como China).

Já no meu ramo, após José Adriano Furtado e Carlota Aldina de Assis, vem João José Adriano e Francisca Luiza da Graça, Maria Francisca da Graça e Nicolau Coelho Simas, Pedro Nicolau Simas e Maria Carlotta Laguna, Benta Simas Mafra e Aristides Mafra, e, finalmente, meu pai, Nivaldo Mafra e Rosimare Borba Mafra.

E, cá nos anos 1990/2000 viemos a nos encontrar aqui em Itajaí, desde os anos 1800 lá em Biguaçu, pertinho de Florianópolis, quando nossos ancestrais em comum se separaram. É legal tentar imaginar se passaria pela cabeça desse nosso ancestral Adrianno Francisco Furtado se um dia dali mais de cinco gerações seus descendentes se encontrariam e fariam amizade em outra cidade tão distante (naquela época, cerca de mais de uma semana de viagem de carroça de Biguaçu até Itajaí) da sua Biguaçu? ^.^

nas fotos, Rafaelo e eu lá no Sarau Benedito que realizamos na Feira do Livro de Porto Alegre em novembro de 2008. Na outra, eu e Odécio (China) quando fomos pro Chile com o Coro Carpe Diem, em 2007.

As Veias Abertas da América Latina!

janeiro 2, 2023

Fazia tempo que não destacava/sublinhava tantos trechos de um livro, mas, é impossível não fazer isso com “As veias abertas da América Latina” de Eduardo Galeano! E é impossível, a cada página lida, não se indignar com o PROJETO DE DESTRUIÇÃO da América Latina ORQUESTRADO POR TODA A EUROPA.

Sim, se engana e MUITO quem acha que foi culpa apenas da Espanha e Portugal e que, “se fosse a Inglaterra nosso colonizador, a coisa seria diferente“. Tanto que nos últimos trechos que li demonstra o oposto disso, que a Inglaterra sim, é que ficava com a MAIOR PARTE do ouro ROUBADO do Brasil! E isso por vias legais.
Sem contar o que os próprio ingleses DESVIAVAM para o império.
E Galeano conta como todo esse ouro do Brasil ajudou a tornar a INDÚSTRIA INGLESA a potência que ela se tornou até fins do século XIX — e nesse caminho, destruindo a nascente indústria brasileira e portuguesa ao mesmo tempo. A Europa só vicejou por causa das riquezas das Américas e da mão-de-obra ESCRAVA dos povos originários e africanos! Só houve progresso por lá por causa desses fatores.

Um dos trechos que destaquei na obra e que mostra o TAMANHO do que aconteceu por aqui — e AINDA se reflete nas nossas ruas, na nossa política, no nosso modo de vida, no modo de ver a vida (inclusive nos nossos preconceitos):

“Os índios das Américas somavam entre 70 e 90 milhões de pessoas, quando os conquistadores estrangeiros apareceram no horizonte; um século e meio depois tinham-se reduzido, no total, a apenas 3,5 milhões.”

Comprovando a esfericidade da Terra

dezembro 31, 2022

[um texto antigo publicado no meu Facebook anos atrás que resolvi trazer pra cá — com algumas informações adicionais] Na praia, dias atrás, resolvi fazer um teste, usando o posicionamento dos navios e como a “linha do horizonte” e a CURVATURA da Terra rapidamente fazem “desaparecer” conforme se afastam mais em relação ao observador.
Lembrando que a linha do horizonte COMEÇA a cerca de 4,7 km pra um observador com 1,80m na beira do mar (na Lua, uma pessoa de 1,50m teria essa mesma linha a 2,4km). Também para constar, quanto mais perto da Linha do Equador, MENOR fica a distância da linha do horizonte de quem está mais próximos dos polos, porém, são diferenças muito pequenas para serem notadas.

Os navios fotografados abaixo estão entre 10km pro mais próximo e 12km pro mais distante e a foto mostra a diferença quando começa a passar de 10km de distância (eles “afundam” mais na linha do horizonte, seguindo a curvatura da Terra).
Ah, usei o “Marine Radar“, aplicativo pra mostrar o posicionamento de navios e barcos.

Foto que fiz, na Praia Central de Navegantes (SC)

Prognósticos para 2022

dezembro 31, 2021

E vamos para os prognósticos para 2022.
Resumindo?
O brasileiro vai continuar sofrendo.
Já foram TRÊS anos de um governo gerido por um maníaco-genocida, que aplica o básico do Neoliberalismo com todas suas forças, mostrando que o CAPITALISMO não liga se o cara é responsável por MILHARES DE MORTES numa pandemia (e q neste momento luta contra a vacinação de crianças!!!!), e as “”instituições democráticas”” todas “funcionando” perfeitamente para que este bandido continue no poder fazendo o que ele quiser fazer (com apoio do grande empresariado, partidos políticos e até parte da esquerda institucional que não quis levar as lutas para as ruas).

E, agora, teremos MAIS 365 DIAS dessa mesmíssima política assassina do povo trabalhador, com as bênçãos das “instituições democráticas” e da elite, não custa repetir.
Com a diferença de que o atual governo, vendo sua possível derrocada eleitoral para breve, pode PIORAR esses ataques contra os trabalhadores (e beneficiando a elite, já beneficiada há décadas, agora, muito mais).

Mas, “resolvemos esperar” as eleições, enquanto a destruição dos poucos direitos que protegiam os trabalhadores vão pouco a pouco acontecendo.
Isso, sem contar a pandemia, tratada desde o começo como algo menor, e, com a nova variante, terá sua nova onda para breve.

E, PIOR AINDA, o CAPITALISMO que gerencia esta pandemia, tratou de fazer o seu papel de sempre, dando de ombros para o resto do mundo pobre, e, as VARIANTES CONTINUARÃO APARECENDO; na África temos APENAS CINCO POR CENTO da população vacinada.
Qto tempo teremos até uma variante aparecer q seja mais eficiente q a Ômicron?

Infelizmente, queria estar mais otimista para 2022.
Mas, a realidade, não ajuda. E continuem usando máscara, pois a Ômicron está por aí e ainda temos muitos negacionistas sem vacina (fora o número de pessoas sem a terceira dose, que será muito maior, pelo que vemos por aí).

As relações perigosas da Dupla Face

setembro 3, 2015

só lembrando, a minha coluna no Sem Censura (que está sendo publicada aqui, como faço normalmente) é enviada geralmente aos domingos para a diagramação do jornal, portanto, às vezes, sai com uma ou outra coisa atrasada, o que é normal neste tipo de coluna. sim, alguns dos que aparecem ali já estão soltos, porém, a imagem se refere aos que FORAM presos em algum momento desta operação. Sadi, Paulo Praun e Ricardo Bittencourt já foram soltos. o advogado André Xavier (conhecido como Oncinha) está preso desde quinta-feira.
uma outra informação corrigida, repassada pela irmã de Ricardo, é que ele não tem mais sociedade no escritório de advocacia com o filho da vice-prefeita Dalva Rhenius (PSB), porém, os dois aparecem lado a lado em ações atuais, numa consulta básica no Google.

As relações perigosas da Dupla Face

Na sexta-feira, 28, aconteceu a SEXTA prisão de “abobrões” do governo Jandir/Dalva na Operação Dupla Face, comandada pelo Gaeco. Exatamente o nome que Jandir Bellini (PP) indicou para ficar no lugar do procurador-geral do município que fora preso na segunda-feira na deflagração da operação! O procurador preso na sexta era indicação da vice-prefeita Dalva Rhenius (PSB). Ricardo Bittencourt é advogado e tem um escritório onde, todos dizem, teria ou teve sociedade com o filho da vice-prefeita. O procurador-geral preso na segunda era da cota do prefeito Jandir Bellini, e fora vereador pelo mesmo partido do prefeito, o PP, anos atrás.

arte blog gaecoJá o vereador preso Douglas Cristino (PSD), e que estava ocupando o cargo de secretário indicado pelo prefeito (todos os secretários são indicados pelo prefeito), estranhamente, meses atrás, fora preterido (?) pelo prefeito (?) para ser até mesmo PRESIDENTE DA CÂMARA, como tinha sido acordado entre os vereadores governistas em 2013, quando elegeram o vereador do PP Osvaldo Gern presidente da casa.

Estranhamente, uma das escutas até agora relevada da operação e que está no inquérito, leva a um prédio construído onde era um terreno do próprio prefeito Jandir Bellini, pelo menos até na eleição de 2008, constava como patrimônio do prefeito. Claro que ele deve ter vendido, imagino eu. Porém, este prédio agora em construção e que será o maior residencial da cidade é citado como um dos possíveis esquemas de corrupção através de achaques de fiscais e com envolvimentos destes cargos comissionados do governo Jandir/Dalva. Neste esquema específico a obra foi embargada porque os donos do empreendimento não quiseram pagar a propina que fiscais teriam pedido. Ah sim, importante lembrar que numa das páginas vazadas do inquérito, o secretário afastado Tarcizio Zanellato (PP) é citado como sabedor dos esquemas e que teria levado o assunto ao prefeito Jandir Bellini!! E agora, levou? Não levou? Jandir sabia? Se sabia, por que nada fez? Estas perguntas deverão ser respondidas em breve. Se não pelo próprio Gaeco, por uma óbvia CPI que deve vir nos próximos dias.

A barbárie da pena de morte (e dos comentaristas de Facebook)

janeiro 24, 2015

discursos de odioO assunto da coluna desta semana (ainda em tempos de “férias de verão” apesar que a maioria esmagadora dos brasileiros já voltou ao seu trabalho normal), não poderia fugir do que foi comentário no Brasil inteiro: o fuzilamento de um brasileiro por um Estado estrangeiro, pela primeira vez, até onde sabe.

Sim, este ato também considero uma barbárie, um país que legaliza o assassinato de um ser humano, que simplesmente diz “olha, desistimos de tentar a recuperação das pessoas e vamos mandar meter a bala nelas, mesmo sabendo que o tráfico e uso de drogas continuará para, provavelmente, todo o sempre”. É exatamente isto que um país e seus governantes dizem quando apelam para a pena capital, pois se desiste do ser humano, se atinge toda uma família com a retirada do mundo de um membro seu. Sim, sim, sim, os argumentos que defendem este tipo de barbárie (que é do título desta coluna) dizem que ele, UM CARREGADOR de cocaína, acabou com outras famílias. Fora que neste caso específico, sabe-se que o DONO da droga está completamente fora de questão, e mataram apenas o carregador, ou, como se chama na linguagem popular, a “mula” que levava a droga pro país.

Não, não foi ele quem “acabou com famílias” onde membros tiveram ou teriam acesso às drogas. Se fosse pra achar um culpado, seria quem mandou aquele homem pra lá; e pros que acreditam que resolveu matar o brasileiro que carregava drogas pra este senhor que o mandou pra lá, engana-se, pois, sabemos, existe demanda, a única coisa que REALMENTE MUDARÁ, é o fato de que provavelmente o traficante (de verdade) terá de PAGAR MAIS para conseguir mandar outro para lá carregando sua droga.

E acreditem, haverá quem irá se arriscar, pois, vivemos no Capitalismo, e, no Capitalismo, somos induzidos a acreditar que simplesmente quem é rico, é melhor e vive melhor que o resto. Isto já tá quase no nosso DNA de tanto que é repetido dia-a-dia, desde que nascemos! Por isso há demanda para pessoas carregarem drogas para países onde há pena capital. E continuará havendo. Queiram vocês, leitores, acreditarem ou não, reclamarem ou não. É um fato e devemos aceitar. Assim como continuará havendo demanda para o uso de substâncias entorpecentes, e isso já acontece praticamente desde que o homem é homem. E continuará existindo. Pena de morte adianta? Não. Aumento na repressão ao combate às drogas adianta? NÃO. Nem vai. Mas, cada um ainda é livre pra acreditar no que quiser, inclusive que a pena de morte resolve alguma coisa. Como disse meu amigo vereador de Blumenau Jefferson Forest, “nenhum criminoso no planeta deixa de cometer um delito por temor à legislação, os crimes são extinguidos pela construção de valores, ligados a educação, a família e as oportunidades”.

E termino esta coluna com um trecho de um vídeo (abaixo) que deveria ser visto por todo ser humano, de preferência, uma vez a cada semestre, do filme “O Ditador” (o último discurso do Ditador, no clássico), de Charles Chaplin: “(…) Não vos entregueis a esses desumanos, homens-máquinas, com mentes de aço e corações de pedra! Não sois máquinas! Não sois gado! Homens é que sois! E levam o amor da Humanidade nas vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que nunca foram amados. Os mal-amados e desumanos. Não batalheis pela escravidão! Lutai pela LIBERDADE! (…)”.

da minha coluna no Sem Censura

https://www.youtube.com/watch?v=K2K9519Upes

“A Copa que eu vi”

julho 4, 2014

um artigo de Moacir Kienast:

moacir kienast copa 2014Pode soar estranho, mas o que chamou a atenção na Copa que eu vi foi o potencial do brasileiro. Provavelmente pelo nosso complexo vira-lata, expressão criada por Nelson Rodrigues para explicar a crença do brasileiro de que somos piores em relação aos outros.

Explico: fui com minha filha mais velha ao jogo entre França e Nigéria, válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil nesta segunda-feira em Brasília. E as impressões foram as melhores possíveis.

Ao chegar no aeroporto, vi uma infinidade de pessoas e nenhuma fila. Não havia atrasos nos voos tampouco caos no saguão. Havia obras inacabadas, mas que não geravam transtorno aos usuários. Transitar por Brasília foi fácil, principalmente pelas novas estradas que faziam a ligação do aeroporto ao Plano Piloto, local onde fica o estádio nacional Mané Garrincha. O transporte público funcionava integrado ao jogo, com ônibus gratuitos levando torcedores à rodoviária e a outros pontos estratégicos para dispersão do pós-jogo.

Dentro do estádio, além da estrutura fenomenal, a organização e aporte da estrutura física foram itens que me chamaram a atenção. Os voluntários e a segurança trabalhavam em sincronia, proporcionando facilidade tanto para chegar quanto para transitar e sair do estádio. Afinal, o jogo teve um público de 67.882 pessoas, e não levamos mais de 10 minutos para estarmos sentados na cadeira. Os banheiros e lanchonetes estavam funcionando bem e tinha um número impressionante distribuído por todo o estádio, apesar das filas que se formavam.

Esse detalhe das filas é importante, volto a citar em breve. O sinal de telefonia e o 3G estavam funcionando dentro do estádio, havia sinal de wi-fi livre disponibilizado pelas operadoras de celular e o wi-fi do estádio, que precisava de senha porém era de fácil acesso.

Essa está sendo a copa da inclusão. Muitos cadeirantes, pessoas com mobilidade reduzida e inclusive deficientes visuais acompanhavam o jogo. O preço dos produtos no estádio estava acessível, tanto para alimentos e bebidas quanto para os produtos vendidos nas lojas oficiais.

A Copa estimula o turismo e divulga o Brasil. Conversamos com pessoas de nove países diferentes. Torcendo juntas, lado a lado, celebrando a união dos povos e o esporte, todas foram unânimes em reconhecer e elogiar a copa no Brasil, além das belezas do país, visão de todos que vêm nos visitar. Números do Ministério do Turismo mostram que o país recebe poucos turistas comparados a nosso vizinhos. Dinheiro entra com a visita destes turistas, o comércio é estimulado, o setor de serviços também. Porém a maior reclamação foi com a prestação de serviços. E aí voltamos ao assunto da fila.

Faltam pessoas capacitadas para trabalhar e atender o turista estrangeiro. Apesar da boa vontade de todos, característica dos brasileiros, poucos conseguiam se comunicar falando inglês ou a língua de nossos visitantes, principalmente nas lanchonetes do estádio e nos restaurantes, bares e hotéis da cidade.

O espetáculo padrão Fifa é algo surpreendente que não deixa passar um detalhe sequer. Daí onde podemos entender as reinvidacações dos brasileiros. Queremos e podemos ter um Brasil assim. Precisávamos, quem sabe, ter um evento como esta Copa para provar que somos capazes. Pois, se os brasileiros estão seguindo o protocolo e realizando a Copa das Copas, posso dizer que o que queremos depende somente de nós.

Vereadora entra com pedido de Comissão de Ética contra vereador que fez obra pública

março 25, 2014

pp itajaie, enquanto isso, um colonista conhecido de Itajaí, defendia o mesmo vereador dizendo que não havia nada nem de ilegal, nem de imoral, em uma empresa licitada contratar a empresa de um vereador pra fazer obras num projeto público tocado pela própria prefeitura!!!!!!!

já pensaram se fosse, em Itajaí, uma obra do governo federal, e o deputado Volnei Morastoni, por exemplo, tivesse uma empresa e estivesse fazendo obras no Instituto Federal de Santa Catarina, ali ao lado da Câmara de Vereadores? será que o mesmo colonista faria esta defesa tão absurda? ou será que estaria berrando aos quatro ventos a imoralidade, ou até mesmo a ilegalidade de tal ato?

malcolm x imprensa ódio pobresbem, estamos em Itajaí, então, não dá pra esperar muito mesmo de uma “imprensa” que só existe pra rasgar seda pro prefeito e pra viver as custas dos governos municipal e estadual. já falei várias vezes aqui, aliás, já falo sobre isso, se duvidar, desde de 2002, quando iniciei este blogue: a imprensa, no geral (com as raras exceções conhecidas), é um câncer pra sociedade. não, não sou a favor do fim da imprensa, é claro, nem poderia ser, pois o que faço aqui é um meio de comunicação, e é considerado por alguns como um meio de imprensa, uma mídia. pelo contrário, sou a favor de uma imprensa ABERTA, digna, que não se venda pra ninguém, que demonstre ao que veio e o que quer, porém, a mesma imprensa que só sabe criticar a classe política, só perde em corrupção pra classe empresarial, que, geralmente, só cresce se estiver grudada em algum político (leia-se corrupção&corruptor), pois, um dos piores meios de corrupção, é a venda de opiniões, o tratamento exclusivo, a blindagem de políticos, mediante acordos financeiros diversos.

voltando ao caso do vereador Tonho da Grade, que é do mesmo partido do prefeito Jandir Bellini, o PP, a vereadora Anna Carolina (PRB) foi quem entrou com o pedido na Comissão de Ética da Câmara de Vereadores de Itajaí, e, também, com uma representação no Ministério Público, provavelmente, já antecipando que pouco ou quase nada deve sair de uma Câmara totalmente controlada pelo governo municipal. a seguir, trecho da matéria do Diarinho: “O procurador da prefa, Rogério Ribas, diz que esta semana deve ser divulgado no diário oficial do município a instauração de um procedimento administrativo pra investigar todas as denúncias que envolvem a obra. Quase uma semana depois que soube do quiprocó, a vereadora Anna Carolina protocolou a denúncia contra Tonho da Grade na comissão de Ética da casa do povo. “Esperei, porque assim que saiu a matéria, recebemos outras denúncias contra o vereador, mas o que protocolei até agora refere-se à obra. Além de imoral, é ilegal o que ele fez”, tasca.”