Archive for the ‘História’ Category

Família Adriano

novembro 1, 2023

Mais um amigo de longa data que descubro parentesco comigo! Agora, foi com o Rafaelo de Goes (e seu pai, Odécio José Adriano, que também é amigo meu), pela família Adriano. Já tinha essa desconfiança desde que achei um antepassado meu com o mesmo sobrenome, que não é tão comum e, por isso, despertou minha curiosidade. Ontem, finalmente lembrei de perguntar pra ele os nomes dos seus avós e bisavós. Após uma busca, no último nome da última avó, consegui achar nosso antepassado em comum: Adrianno Francisco Furtado e Anna Joaquina Pereira, casados em Biguaçu em 9 de janeiro de 1804.

O que é interessante é que o sobrenome “Adriano” se dá a partir desse nosso antepassado em comum, pois, nele e para além dele, o sobrenome Adriano não aparece mais (no caso, é Furtado o sobrenome dos ancestrais desse Adrianno, sendo seu antepassado seguinte Miguel Francisco Furtado, nascido em 1746 na Ilha da Graciosa, no arquipélago dos Açores).

Porém, a partir deste Adrianno, o nome dos filhos se repete como um sobrenome, no caso do ramo do Rafaelo, Manoel Adriano Furtado, tetra-avô dele e, do meu ramo, o quinto-avô José Adriano Furtado, nascido em 1805.

O ramo familiar do Rafaelo continua a partir de Manoel Adriano Furtado com Felício Manoel Adriano e Maria Baptista Buelens, José Felício Adriano e Maria Rosa Gaya, Manoel Felício Adriano e Isabel Flores Adriano, e, finalmente, o pai do Rafaelo, Odécio José Adriano (conhecido carinhosamente como China).

Já no meu ramo, após José Adriano Furtado e Carlota Aldina de Assis, vem João José Adriano e Francisca Luiza da Graça, Maria Francisca da Graça e Nicolau Coelho Simas, Pedro Nicolau Simas e Maria Carlotta Laguna, Benta Simas Mafra e Aristides Mafra, e, finalmente, meu pai, Nivaldo Mafra e Rosimare Borba Mafra.

E, cá nos anos 1990/2000 viemos a nos encontrar aqui em Itajaí, desde os anos 1800 lá em Biguaçu, pertinho de Florianópolis, quando nossos ancestrais em comum se separaram. É legal tentar imaginar se passaria pela cabeça desse nosso ancestral Adrianno Francisco Furtado se um dia dali mais de cinco gerações seus descendentes se encontrariam e fariam amizade em outra cidade tão distante (naquela época, cerca de mais de uma semana de viagem de carroça de Biguaçu até Itajaí) da sua Biguaçu? ^.^

nas fotos, Rafaelo e eu lá no Sarau Benedito que realizamos na Feira do Livro de Porto Alegre em novembro de 2008. Na outra, eu e Odécio (China) quando fomos pro Chile com o Coro Carpe Diem, em 2007.

Família Coelho

outubro 15, 2023

Tava hoje passeando no Instagram e vi a postagem da parte de uma #árvoregenealógica de um amigo que foi nosso vizinho nos 21 anos em que moramos ali na José Russi em Itajaí, o Aloisio Coelho Junior. Moravam em frente a nossa casa e nossos pais sempre foram muito amigos, inclusive, o Aloisio, que sempre chamamos de Junior, era bem próximo dos meus irmãos.

Então, vendo esta árvore, lembrei que não minha aparecia Coelho em algum lugar. Falei com ele e ele me mandou a árvore deles no FamilySearch. E aí, rapidinho, achei nosso antepassado em comum. O trisavô do pai do Júnior, José Coelho de Avilla é tetra-avô do meu pai. Nossos antepassados em comum só mudam, nessa geração, pela avó, que na deles é de outro casamento do José Coelho de Avilla.

Quem diria que vizinhos que moravam um em frente da casa do outro durante duas décadas seriam parentes tão próximos, né? ^.^

Parte da minha árvore:

José Coelho de Avilla e Maria Rosa Sousa Soares
Silvério José de Simas e Maria Rosa de Jesus
Nicolau Coelho Simas e Maria Francisca da Graça
Pedro Nicolau Simas e Maria Carlotta Laguna
Aristides Mafra e Benta Simas Mafra
Nivaldo Mafra e Rosimare Borba Mafra
Rômulo Mafra e Claudia Linck Reichel
Bernardo Linck Reichel Mafra/Alice Linck Reichel Mafra

Meus antepassados dos povos originários do Brasil

setembro 30, 2023

Nem só de europeus “vive” minha árvore genealógica. Meses atrás, dando mais umas pesquisadas na minha árvore no site FamilySearch finalmente achei meus ascendentes indígenas.

Distantes na 19ª geração, porém, creio que acharei ainda mais próximos — do meu avô paterno, ao qual ainda tenho pouquíssimas informações.

O meu antepassado indígena é o conhecido Cacique Piquerobi (c.1480-1562), da tribo dos Guayaná dos Hururahy. Ele era filho do Cacique Amyipaguana e sua mãe era NN Tibiriçá.

Piquerobi era irmão do famoso Tibiriçá, que se aliou aos portugueses e, anos depois, traindo sua gente, matou Piquerobi, quando Piquerobi tentou atacar os portugueses na Guerra de Piratininga.

Meu ramo segue com o também famoso português Antônio Rodrigues, o “Língua de Terra”, que chegou no Brasil em 1514 e se casou com uma filha de Piquerobi por volta de 1520. Segue a lista dos ascendentes a partir dele até minha avó Rute Campos da Silva Borba:

Antônio Fernandes e Antônia Rodrigues

Marcos Fernandes e Maria Affonso

João Missel Gigante e Isabel Gonçalves

Domingos da Silva e Maria Ribeiro de Alvarenga

Pedro Nunes de Pontes e Inês Domingues Ribeiro

Antônio Furtado de Alvarenga e Sebastiana Domingues de Pontes

Cap. Miguel de Eyró e Inês Domingues de Pontes

João Rodrigues de Eyró e Teresa Henriques

Tomás de Aquino e Joana Rodrigues de Eyró

Fernando José de Aquino e Joaquina Rosa de Jesus

Thomaz Fernandes de Aquino e Maria Francisca Roza (5º avós)

Manoel Fernandes de Aquino e Anna Maria Teixeira (4º avós)

José Campos da Silva e Maria Euphrazia de Aquino (3º avós)

Germano Campos da Silva e Custódia Silvéria da Silva (bisavós)

Pedro Borba e Rute Campos da Silva Borba (avó)

Na imagem, um quadro chamado “Um Rosto Para Piquerobi”, já que a única imagem que existia anteriormente, era feita com traços europeus, este quadro foi pintado há alguns anos em homenagem ao homem que também deu nome a uma cidade do oeste paulista e tentou lutar contra a invasão portuguesa.

Meus antepassados alemães

setembro 8, 2023

Já falei aqui sobre minha árvore genealógica, meus antepassados supostamente das realezas europeias, antepassados portugueses ou de líderes indígenas da época da invasão portuguesa em 1500.

Porém, tinha uma coisa que ficava me martelando: como todos os meus sobrenomes dos antepassados recentes sendo todos portugueses se tenho parentes tão claros? Dois irmãos que nasceram loiros e com olhos claros, minha mãe de olho claro, minha avó materna clara e de olhos claros e meu bisavô — pai dessa minha avó — que se chamava Germano (que obviamente significa “alemão”) e era muito claro e com os filhos também loiros.

Então, uns tempos atrás, quando consegui montar a árvore genealógica da parte materna (não toda ainda), vi que tinha um quinto-avô que aparecia o símbolo da bandeira da Alemanha. Mas não dei muita atenção. Então, ontem, resolvi tirar a dúvida. O nome dele era Luiz Miguel Frederico. Um nome nada alemão, inclusive. Mas, seu pai (meu sexto-avô), se chamava Konrad Michael, casado com Anna de Salva.

Após procuras infrutíferas nesse nome mais alemão, pulei pro Luiz Miguel Frederico (quinto-avô meu) e achei a história dele, primeiro emigrado para o Brasil da sua família em 1882 no “Johanna Jakobs” que chegou no Rio de Janeiro e que depois se dividiram em duas embarcações rumo a Santa Catarina. Segue o texto que encontrei numa página de genealogia da família Pacheco aqui do estado:

(…) Aqui [em SC] a primeira embarcação a chegar foi o brigue “Luiza”, no dia 07 de novembro, em seguida, no dia 12, o bergantim “Marques de Vianna”. Os colonos do Luiza foram mandados para a Armação da Lagoinha com a justificativa do estado de saúde dos passageiros, já os colonos vindos no Marquês de Vianna ficaram abrigados no Campo do Manejo, hoje Instituto Estadual de Educação. As promessas do Estado Brasileiro não se cumpriram imediatamente, fazendo com que o tempo de espera para a montagem de uma colônia demorasse meses, gerando angústia, incertezas e revoltas por parte dos colonos.

Os passos do colono Luiz [Miguel Frederico] podem ser perseguidos pelos rastros paroquiais deixados por ele e pelo seu sogro brasileiro: Francisco Antônio de Novais.

Novais, filho de imigrantes açorianos, nasceu em 1772 na Lagoa da Conceição. Ali casou com Tereza Rosa em 1806 e ali teve seus filhos com ela, entre eles Felisbina, nossa pentavó [ou quinta-avó, termo mais correto]. Com a morte de Tereza, Francisco Novais voltou a se casar, também na Lagoa, em 1820, com Rita, migrando alguns anos depois para a região de São José da Terra Firme.

Novais e sua família passaram a residir na região de Forquilhas onde estavam fixados quando da chegada dos colonos alemães em 1828/29. No início da década seguinte o imigrante alemão Luiz Frederico e Felisbina [Rosa de Jesus] se casam na Matriz de São José.

Seguindo os registros paróquias de batismos, óbitos e casamentos percebemos que o casal e a família do sogro frequentavam as mesmas paróquias nos mesmos períodos, indicando que havia certa dependência entre as famílias. Até 1836, quando Novais registrou a morte de um filho, as famílias moravam em Forquilhas, porém após 1839 os registros paroquiais de ambos já passaram a ser feitos na Matriz de São Miguel, onde nossos personagens já eram indicados como “moradores da paróquia”.

Luiz Miguel Frederico, o alemão, filho de Konrad Michael e Anna de Salva, passou a morar e criar seus filhos em Três Riachos [onde nasceu meu bisavô Germano Campos da Silva e minha avó Rute Campos da Silva Borba], região já tratada, não por coincidência, em outras histórias do ramo de Emília Maria de Campos [que imagino ser minha antepassada, pelo sobrenome Campos].

Francisco Novais morreu na região em 1847. Já o casal Luiz Miguel Frederico, o colono alemão, e Felisbina Rosa de Jesus deixaram suas marcas na região de Três Riachos/Biguaçu através dos sobrenomes “Miguel”, “Luiz Miguel” ou mesmo a variação “Luz”, disseminados pelos seus filhos: Manoel, João Luiz, Francisco, José Luiz, Domingos, Alexandrino, Joaquim, Maria Thereza, Joaquina, Alexandrina, Anna Rosa [minha tetravó], Luiza, Rosa e Thomazia.

O texto termina dizendo da estranheza do nome aportuguesado de Luiz Michael Frederico, que, provavelmente, e aí é minha opinião, devia se chamar Louis Michael Frederich (ou, quem sabe, Ludwig).

E, assim, mais um caminho nessa nevoenta estrada da genealogia vai se abrindo, inclusive, explicando até um pouco das características físicas dos meus familiares e até do nome do meu bisavô, que homenageava, provavelmente, seu avô ou/e bisavô materno — uma que estou tendo mais dificuldade é a partir da mãe do meu avô materno (Amélia Miranda, filha de Manoel Miranda e Anna Dias), que provavelmente descendia dos povos originários do Brasil.

As Veias Abertas da América Latina!

janeiro 2, 2023

Fazia tempo que não destacava/sublinhava tantos trechos de um livro, mas, é impossível não fazer isso com “As veias abertas da América Latina” de Eduardo Galeano! E é impossível, a cada página lida, não se indignar com o PROJETO DE DESTRUIÇÃO da América Latina ORQUESTRADO POR TODA A EUROPA.

Sim, se engana e MUITO quem acha que foi culpa apenas da Espanha e Portugal e que, “se fosse a Inglaterra nosso colonizador, a coisa seria diferente“. Tanto que nos últimos trechos que li demonstra o oposto disso, que a Inglaterra sim, é que ficava com a MAIOR PARTE do ouro ROUBADO do Brasil! E isso por vias legais.
Sem contar o que os próprio ingleses DESVIAVAM para o império.
E Galeano conta como todo esse ouro do Brasil ajudou a tornar a INDÚSTRIA INGLESA a potência que ela se tornou até fins do século XIX — e nesse caminho, destruindo a nascente indústria brasileira e portuguesa ao mesmo tempo. A Europa só vicejou por causa das riquezas das Américas e da mão-de-obra ESCRAVA dos povos originários e africanos! Só houve progresso por lá por causa desses fatores.

Um dos trechos que destaquei na obra e que mostra o TAMANHO do que aconteceu por aqui — e AINDA se reflete nas nossas ruas, na nossa política, no nosso modo de vida, no modo de ver a vida (inclusive nos nossos preconceitos):

“Os índios das Américas somavam entre 70 e 90 milhões de pessoas, quando os conquistadores estrangeiros apareceram no horizonte; um século e meio depois tinham-se reduzido, no total, a apenas 3,5 milhões.”

Reminiscências Genealógicas/Geográficas (Vila Operária)

agosto 18, 2022

Nasci e cresci no bairro de Itajaí chamado de Vila Operária, o primeiro bairro planejado da cidade, que se originou lá por volta de 1920.
Minha primeira casa foi na esquina da Rua Carlos Seara com a João Gaya, onde fica hoje o tradicional restaurante Arapuca do Ayrton. Logo quando tinha 3 meses meus pais se mudaram para a Rua José Russi, encostado no muro do Colégio Fayal, onde estudei e cheguei a me formar no segundo grau deste colégio. Na José Russi morei até meus 21 anos, ou seja, me criei ali.
Meus avós paternos, Aristides Mafra e Benta Simas Mafra moravam no Fiúza Lima. Que é um bairro, mas não é, e pertence à Vila (mas se usa “no” Fiúza e não “na” [rua] Fiúza). Como tem campo de futebol e um clube, provavelmente há esta separação que não chega a ser geográfica.
Já meus avós maternos (Pedro Borba e Rute Campos da Silva Borba) moravam na “Madevila”, onde minha avó ainda mora até hoje, na Rua Teodoro Luiz Pereira. A Madevila, apesar de também ficar muito próxima da Vila, sempre entendi como pertencente ao bairro São João, mas dizem que ali seria a divisa dos dois bairros. O nome se deu a uma madeireira que tinha na rua com este nome.

Além destes meus avós, alguns tios moraram por ali, principalmente próximos ao Fiúza ou até ao lado do campo de futebol — que até hoje está por ali.
Tinha também meus bisavós por parte de mãe, Amélia Miranda (mãe do meu avô Pedro Borba) que morava na mesma Fiúza Lima, porém, mais para o final, já no bairro São Judas, no número 633, e meu bisavô, pai da minha avó materna, Germano Campos da Silva, na Rua Alberto Werner, próximo ao conhecido Bar do Dico.
Todos estes eu cheguei a conhecer e frequentar as casas deles.
O que não sabia e só fui descobrir muitos anos depois (e até recentemente) é que outros antepassados meus também se instalaram na Vila Operária (o que não deveria me espantar, já que todos que conheci moravam ali ainda nos anos 1980/1990).

Por estes dias, fazendo algumas pesquisas genealógicas, achei a certidão de óbito do meu bisavô materno Paulo Bernardino Borba. No documento dizia que ele morava na Fiúza Lima, nº 175, isso em 1972. Meu avós paternos moravam, nessa época, na Getúlio Vargas, duas ruas em direção ao centro da Vila Operária (moramos durante uns 3 anos a partir de 1998 na Duque de Caxias, que fica entre a Fiúza e a Getúlio Vargas). Tanto que a minha tia paterna Neuza Mafra Bastiani se lembra quando esse meu bisavô por parte de mãe faleceu (e isso fui saber também dias atrás). Tempos depois meus avós paternos foram morar no número 150 da Fiúza Lima, e é onde lembro da casa deles e onde moraram praticamente até falecerem (minha vó Benta Simas Mafra morava em frente, na casa da minha tia Neuza, quando faleceu).

Já parte da minha família Mafra veio lá da Itaipava, porém, os Mafra já estão aqui por Itajaí desde antes de 1850, pelo menos, pois num mapa de Itajaí de 1858 aparecem três Mafras que são meus antepassados com terrenos no “lado de cá” e no “lado de lá” do Itajaí-Açu, quando era tudo Itajaí. Um deles era meu quarto-avô e os outros dois, irmão deste meu quarto-avô e o outro, filho dele.

Um dos aniversários do meu bisavô Germano Campos da Silva (agachado) na casa dele na Rua Alberto Werner, Vila Operária. No canto direito, meus avós materno Pedro Borba e Rute Campos da Silva Borba.

Minha mãe, Rosimare Borba Mafra, minha irmã Flávia e eu, no terreno da casa dos meus avós paternos, na Rua Fiúza Lima. Ao fundo, o campo do Clube Fiúza Lima
Outra festa de aniversário do meu bisavô Germano Campos da Silva, agora, no bar “Chopinho da Vila”
Minha vó paterna Benta Simas Mafra posando na varanda da sua casa na Rua Fiúza Lima.

“A Itajahy do século XIX”

janeiro 26, 2021

Hoje terminei o excelente livro do historiador Jose Bento Rosa Silva “A Itajahy do século XIX: história, poder e cotidiano”, que conta uma OUTRA história da cidade, muito mais conturbada do que a “historiografia tradicional” nos conta, inclusive, sobre os “cidadãos de bem” da época, envolvidos em tudo quanto era problema (inclusive com a Justiça), sem contar as rixas políticas que criavam verdadeiros inimigos mortais entre si.

E uma das histórias que trago é a de um famoso itajaiense, que nomeia a rua mais extensa da cidade, José Pereira Liberato, com um antepassado meu, na época, juiz de paz, José da Silva Mafra (que tinha sido vereador na primeira Câmara de Itajaí, em 1861 junto com o mesmo).

Vou colocar as páginas sobre o assunto aqui na publicação, mostrando como as amizades influenciavam e muito no meio político da cidade, já que o caso mostra que foi só mudar o juiz para o José da Silva Mafra que o então poderoso José Pereira Liberato foi “salvo” da condenação.

Isso tudo acontecia em 1870, e o que não está no livro do meu amigo Bento é que, cinco anos depois, em 1876, os laços de amizade entre a família Liberato e Mafra ficavam (ainda mais) evidentes quando Antônio Pereira Liberato — irmão de José Pereira Liberato — e sua filha, BATIZAVAM uma das filhas de José da Silva Mafra. Ah, neste ano de 1876, quem era juiz de paz em Itajaí já era o José Pereira Liberato, o mesmo que escapou da condenação com a ajuda de então juiz José da Silva Mafra, cinco anos antes, mostrando que em Itajaí SEMPRE foi importante ter amigos influentes. 😏

(com informações também do livro “Famílias de Itajaí – volume II”, de Marlene Rothbarth)

Churchill apoiava o fascismo!

janeiro 24, 2020
churchillPra vcs q vivem citando o inglês Wiston Churchill como “exemplo de democrata”, deixa lembrar umas palavrinhas dele em 1927, qdo o fascista Mussolini já dominava a Itália com mãos de ferro:
“Se eu fosse italiano, estou certo de que estaria de todo coração com você em sua vitoriosa luta contra os bestiais apetites de paixões do leninismo […]. [A Itália] forneceu o NECESSÁRIO ANTÍDOTO contra o veneno russo. De agora em diante nenhuma grande nação estará desprovida de meios definitivos de proteção contra o crescimento canceroso do bolchevismo.”
Ou seja, o tal “grande democrata” APOIAVA O FASCISMO na Itália, enquanto ele não ameaçasse os ingleses e servisse pra atacar a Esquerda comunista na Itália. E Churchill não estava sozinho, tanto na Inglaterra, como nos EUA, muitos intelectuais e políticos apoiavam Hitler nos anos 1930 e Mussolini desde a sua posse em 1924.
Tudo em nome do “combate ao comunismo”. Resumindo, os tais “democratas” SEMPRE apoiaram o fascismo enquanto ele atacasse a Esquerda. Obviamente, o fascismo sempre se vira, mais tarde, contra a própria democracia burguesa.
(retirado do livro “O que é Fascismo — e outros ensaios”, de George Orwell)

O que é o Fascismo, por George Orwell

janeiro 21, 2020

82457443_2494817117313170_4786358266726711296_nestou lendo atualmente o excelente livro com ensaios do escritor George Orwell, mais conhecido pelos romances “A Revolução dos Bichos” e “1984“. porém, Orwell também denunciava o fascismo crescente nos anos 1930, e, nestes ensaios do livro, provam que ele apontava corretamente como se identificar essa ideologia tão cara ao capitalismo (apesar de ter esse caráter extremado, mas, importante em certos momentos em que o sistema capitalista necessita de sua “força”) e tão em voga novamente em nossos anos 2000. vou colocar alguns trechos que selecionei de apenas um dos ensaios que li até agora, sobre o poeta W. B. Yets. talvez traga aqui pro blogue outros trechos em breve.

“(…) Mas ele [Yets] parece estar dando as boasvindas à próxima era, que deverá ser “hierárquica, masculina, rígida, cirúrgica”, e é influenciado tanto por Ezra Pound quanto por escritores fascistas italianos. Descreve a nova civilização, a qual espera, e acredita, que virá:

‘uma civilização aristocrática em sua forma mais completa, em cada detalhe de vida hierárquica, a porta de todo grande homem, assediada ao amanhecer por postulantes, em toda parte grande riqueza em poucas mãos, todos dependentes de poucos, até o próprio imperador, que é um deus dependente de um deus maior, e em toda parte, no tribunal, na família, a desigualdade tornada lei.’ (…)

“(…) O fascismo meramente político clama estar sempre lutando por justiça: Yeats, o poeta, enxerga num relance que fascismo significa injustiça, e o aclama exatamente por esse motivo. Mas ao mesmo tempo ele falha ao não ver que a nova civilização autoritária, se vier, não será aristocrática. Não será governada por nobres com rostos de Van Dyck, mas por milionários anônimos, burocratas com traseiros reluzentes e gângsteres assassinos

(…)

“Como se conectam as ideias políticas de Yeats com suas inclinações para o ocultismo? Não está claro, à primeira vista, por que o ódio à democracia deva andar junto com uma tendência a acreditar em bolas de cristal. (…) Para começar, a teoria de que a civilização se movimenta em ciclos recorrentes é uma saída para pessoas que odeiam o conceito de igualdade humana. Verdade que “tudo isso”, ou algo parecido, “já aconteceu antes”, então a ciência e o mundo moderno são desmascarados de um só golpe e o progresso torna-se, para sempre, impossível. (…) Os que temem a perspectiva do sufrágio universal, da educação popular, da liberdade de pensamento, da emancipação da mulher, começaram com uma predileção por cultos secretos. Outra conexão entre fascismo e mágica reside na profunda hostilidade de ambos para com o código de ética cristão. (…)”

Ensaio publicado em 1943 em “Critical Essays; Dickens, Dali and Others; Collected Essays”, do livro “O que é Fascismo e outros ensaios” da Companhia das Letras, edição de 2017

Livros lidos em 2019

dezembro 29, 2019

71xL8U55tYLe vamos à publicação tradicional do blog, com os livros (e HQs) que li neste 2019. obviamente, não vou contar aqui as DEZENAS (provavelmente, cerca de uma centena) de apostilas que tive de ler durante o ano para a faculdade de Jornalismo ao qual estou cursando já desde 2017 — no fim do ano que vem, acaba –, o que também ajudou a diminuir meu número de livros lidos, que ficou, neste 2019 em 22!! foram 36 no ano passado, 33 em 2017, 24 em 2016 (quando não incluía as HQs), 13 em 2015, 19 em 2014 e 23 em 2013.
portanto, vamos à lista (ah, e já comecei a ler o primeiro de 2020, “Pela Contramão“, de Martha Wibbelt)!

liberdade_de_imprensa_9788525409560_hdO Conto da Aia – Margaret Atwood
Redes Sensuais – Leonardo Midas
1Q84 – Haruki Murakami
1Q84 (livro 2) – Haruki Murakami
1Q84 (livro 3) – Haruki Murakami
Liberdade de Imprensa – Karl Marx
Verso prosa e outros labirintos – vários autores (incluindo eu)
Que Fazer? – Vladimir Ilyich Lênin
Sapiens – Yuval Noah Harari
Lendas do Universo DC, Mulher Maravilha – George Pérez
O Universo de Sandman: Lúcifer – Dan Watters, Max Fiumara, Sebastian Fiumara
Terra: 3250 – Renato P. Guimarães
31Z4W13L9OLLendas Do Universo DC: Liga Da Justiça – Vol. 1
– J.M. DeMatteis, Keith Giffen, Kevin Maguire
O Universo Sandman: Os Livros da Magia – Kat Howard, Tom Fowler
Não Arranquem os Vermes de Mim – Anderson Bernardes
Relatos da Revolução de Outubro – Vários Autores
A Sombra Vinda do Tempo – H.P. Lovecraft
A Era dos Impérios – Eric Hobsbawn
livro-andre-pinheiro-sNum copo de blues bebo poesia – André Pinheiro
Hellblazer: Infernal, Vol. 5 – Garth Ennis, Steve Dillon
O Obituarista – Wagner Camilo
Solaris IV – Samuel da Costa

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