neste final de semana assisti a um filme que vinha há semanas tentando ver: Ensaio sobre a Cegueira (Blindness), dirigido por Fernando Meirelles e baseado na obra do português José Saramago. nem preciso dizer que o livro é muito superior ao filme, mas, como diziam que o escritor chorou ao final do filme, bem, valia a pena tentar. acho que valeu a pena ehehehehe… mas, também, não é aquilo tudo (óbvio). entretanto, se não leste o livro (nem pretendes), é um filme legal. outro filme que revi, foi o delicioso Quero ser John Malkovich (Being John Malkovich), de 1999. um filmaço!! filme pirado e engraçado, um filme… “cabeça” ehehehehe
e hoje, terça, acabei de ler a revista EntreLivros Especial William Shakespeare, da Duetto. revista indispensával pra quem, como eu, não conheço bulhufas do mestre inglês (e bulhufas quero dizer além do que TODOS NÓS CONHECEMOS, o que não é pouco prum cara que viveu pouco depois que o Brasil foi descoberto), uma ótima revista. e, claro, após isso, comprei uma edição de “Sonho de uma Noite de Verão” (A Midsummer-Nigth’s Dream), do Bardo (apelido de Shakespeare), da L&PM. aliás, tem uma história maravilhosa, contada na revista em quadrinhos Sandman (uma das obras-primas de Neil Gaiman) que conta uma das histórias de “Sonho de uma noite…”, já que o personagem principal de Sandman é nada mais nada menos que o mestre do Sonhar: Morpheus. este “gibi” foi o único, até hoje, a ganhar um prêmio literário (World Fantasy Award)!! Quem quiser baixar a HQ, clique aqui (infelizmente (?), só tem pra baixar o arco de histórias completos chamado de Terra dos Sonhos).
aqui, a obra para download. abaixo, as primeiras frases da obra “Sonho de uma Noite de Verão”.
ATO I
Cena I
Atenas. O palácio de Teseu. Entram Teseu, Hipólita, Filóstrato e pessoas do séqüito.
TESEU – Depressa, bela Hipólita, aproxima-se a hora de nossas núpcias. Quatro dias felizes nos trarão
uma outra lua. Mas, para mim, como esta lua velha se extingue lentamente! Ela retarda meus anelos, tal
como o faz madrasta ou viúva que retém os bens do herdeiro.
HIPÓLITA – Mergulharão depressa quatro dias na negra noite; quatro noites, presto, farão escoar o
tempo como em sonhos. E então a lua que, como arco argênteo. no céu ora se encurva, verá a noite
solene do esposório.
TESEU – Vai, Filóstrato, concita os atenienses para a festa, desperta o alegre e buliçoso espírito da
alegria, despacha para os ritos fúnebres a tristeza, que essa pálida hóspede não vai bem em nossas
pompas.
(Sai Filóstrato.)
De espada em mão te fiz a corte, Hipólita; o coração te conquistei à custa de violência; mas quero
desposar-te com música de tom mais auspicioso, com pompas, com triunfos, com festejos.
(Entram Egeu, Hérmia, Lisandro e Demétrio.)
Mariana (1851), pintura de John Everett Millais, baseada num poema de Tennyson que foi inspirado por um personagem de Medida por Medida, de Shakespeare
tradução de Geraldo Carneiro