Archive for the ‘astronomia’ Category

Comprovando a esfericidade da Terra

dezembro 31, 2022

[um texto antigo publicado no meu Facebook anos atrás que resolvi trazer pra cá — com algumas informações adicionais] Na praia, dias atrás, resolvi fazer um teste, usando o posicionamento dos navios e como a “linha do horizonte” e a CURVATURA da Terra rapidamente fazem “desaparecer” conforme se afastam mais em relação ao observador.
Lembrando que a linha do horizonte COMEÇA a cerca de 4,7 km pra um observador com 1,80m na beira do mar (na Lua, uma pessoa de 1,50m teria essa mesma linha a 2,4km). Também para constar, quanto mais perto da Linha do Equador, MENOR fica a distância da linha do horizonte de quem está mais próximos dos polos, porém, são diferenças muito pequenas para serem notadas.

Os navios fotografados abaixo estão entre 10km pro mais próximo e 12km pro mais distante e a foto mostra a diferença quando começa a passar de 10km de distância (eles “afundam” mais na linha do horizonte, seguindo a curvatura da Terra).
Ah, usei o “Marine Radar“, aplicativo pra mostrar o posicionamento de navios e barcos.

Foto que fiz, na Praia Central de Navegantes (SC)

Três Cruzeiros no céu neste sábado!

julho 14, 2015

Este será o céu de Itajaí às 18h17, olhando para Oeste da cidade.

Este será o céu de Itajaí às 18h17, olhando para Oeste da cidade.

o sábado aqui em Itajaí e toda a região terá um espetáculo raro nos céus, pois teremos a formação de três Cruzeiros do Sul (a constelação) no começo da noite do dia 18, sábado. normalmente, temos dois Cruzeiros (só um é oficial) nas noites, sendo um o Cruzeiro do Sul e o outro são duas constelações (Carina e Vela) que formam um desenho semelhante de uma das constelações mais conhecidas no hemisfério Sul da Terra — da antiga constelação de Argo. inclusive, muitas pessoas se confundem achando que esta é a Cruzeiro do Sul, porém, ela não aponta para o Sul como a verdadeira Cruzeiro, que é também a menor das 88 constelações. (a falsa Cruzeiro pode ser diferenciada exatamente pelo seu tamanho maior — clique aqui também para ler mais sobre a falsa Cruzeiro)

já esta terceira Cruzeiro que se formará neste sábado, ao entardecer no oeste, será a partir da Lua nova (já num finíssimo crescente), Júpiter, Vênus e Regulus, uma das estrelas da constelação de Leão.

somente em 2039 este encontro dos quatro astros acontecerá novamente, porém, já não na forma do Cruzeiro, portanto, uma chance única pra aproveitar e conhecer um pouco do nosso tão apagado (pelo homem) céu.

com informações do Grupo de Apoio em Eventos Astronômicos.

Um dia histórico pra humanidade!!!

fevereiro 17, 2013

é só assim que posso classificar o dia 15 de fevereiro de 2012! e, tenho certeza, todos os astrônomos concordam comigo, pois é um dia pra entrar pra História! claro que somente pelo fato de dois eventos raríssimos (a passagem de um asteróide e a explosão de um grande meteoro na Rússia) acontecerem no mesmo dia, já bastaria, mas o fato destes eventos acontecerem e terem sido acompanhados por milhares de pessoas também os incluem no rol dos momentos históricos da humanidade.

meteoro russia 2013sobre a explosão do meteoro (estão já falando em asteroide ou cometa, pelo tamanho do objeto espacial), a coincidência do fato é que ele aconteceu também na Rússia, como o último grande evento do tipo, em Tunguska (na Sibéria), em 1908, onde um objeto espacial também caiu ou explodiu devastando uma área gigantesca e chegando a matar algumas pessoas de alguns vilarejos da área, mas, como a distância e a época eram remotas, pouco ainda se sabe sobre o Evento Tunguska. comparando com o evento de sexta, a força deste que vimos em vários vídeos postados na internet, é muito menor, e a explosão em Tunguska foi muito mais baixa!
em Tunguska, estudiosos estimam a explosão em 10-15 megatons entre 5 e 10 quilômetros, enquanto o de Cheliabinski foi entre 30 e 50 quilômetros com uma explosão de cerca de 100 quilotons. mas, é claro, estes dados ainda estão sendo analisados e, provavelmente, nos próximos dias, teremos resultados mais precisos.

o outro fato histórico do dia, foi a passagem mais próxima de um grande asteroide (2012 DA14) da Terra, quer dizer, não a passagem, mas, pela primeira vez, observamos um grande asteroide passando tão perto da Terra (mais perto de que satélites geoestacionários, que são um dos mais longínquos satélites na nossa órbita), o que é um grande fato para a humanidade! estes eventos, como já disse, podem ou não ser raros, mas a observação deles é que são raríssimas. a estimativa pra que grandes meteoros como este de Cheliabinski cheguem a explodir ou bater na Terra é mais ou menos de um a cada cem anos, o que este desta sexta comprovaria, visto que completa-se em 2013, 105 anos do Evento de Tunguska, porém, inclusive há um outro evento, de magnitude talvez menor, e que teria acontecido no Brasil em 1930, conhecido como Evento do Curuçá.

enfim, o que a comunidade científica (principalmente a astronômica) espera dos nossos governantes é que comece a pensar seriamente num sistema de detecção de objetos menores (pra objetos maiores, já existem), pois eles sempre nos ameaçaram e, até agora tivemos muita sorte de que nada grave aconteceu, e, sabemos, as possibilidades de algo nocivo ao ser humano estão por aí, e só saberemos delas quando não for mais possível fazer nada.

abaixo, um dos vídeos mais impressionantes, mostrando o boom sônico (onda sonora) provocada pela explosão e/ou pela velocidade supersônica do objeto (cerca de 53.000 km/h, ou seja, 15 quilômetros por segundo!!):

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=b7mLUIDGqmw

“A dança festiva de uma estrela iluminando o sorriso de um menino…”

dezembro 24, 2012

Imagem retirada do grupo de Astronomia, de Francisco Gomes

Imagem retirada do grupo de Astronomia, de Francisco Gomes

recebi este artigo interessante sobre a “estrela de Belém” hoje por e-mail e compartilho com meus leitores (agora,  nesta época, cada vez mais escassos).
outra coisa interessante, para esta véspera natalina, é que nos céus teremos hoje uma bela conjunção de estrelas, lua e Júpiter, e este fato também pode ajudar a achar uma das últimas estrelas (Tau Ceti) onde encontraram um exoplaneta (planetas fora do Sistema Solar), na constelação da Baleia (Cetus) e há possibilidades deste planeta conter água em estado líquido!
baleia constelacao tau cetia conjunção, também vista na imagem, é da Lua, Aldebaran (da constelação de Touro, a mais brilhante do lado direito de Júpiter na imagem) e Júpiter, no horário próximo às 21h. esta conjunção poderá ser vista durante quase toda a noite, para o lado norte do céu — seguindo, na imagem, Aldebaran, Júpiter e a Lua, suba até o alto, onde está marcada a estrela da constelação de Baleia).
além disso tudo, será visível apenas um satélite nos céus de Itajaí, a partir das 21h03 (162º) no sudeste (entre o Sul e Leste), mas talvez não seja tão fácil de visualizá-lo, já que a página www.heavens-above.com não informa a possível magnitude do satélite norte-coreano. talvez ele seja mais fácil de ser encontrado quando já estiver quase entrando na sombra da Terra, às 21h08, à esquerda da brilhante Canopus.

então, fique com o texto sobre a estrela de Belém e boas festas pra todos!

A dança festiva de uma estrela iluminando o sorriso de um menino…
Marcelo de Oliveira Souza

“Há duas formas para viver sua vida. Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar, que todas as coisas são um milagre.” Albert Einstein

Olá!!! Momento para reflexão… Caminhos a serem definidos… Destinos a serem imaginados… Esperança a ser renovada… Riquezas a serem divididas… Igualdade… Fraternidade… Lar dos sonhos dos milhões de semelhantes desamparados neste mundo injusto. Uma estrela anunciou há algum tempo a chegada de um Novo Mundo. Sinal que comemoramos a cada ano. Esperança renovada. A Estrela Belém.

No Evangelho Segundo São Mateus, se encontra a referência no Novo Testamento sobre tão famosa estrela. E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém, Dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo.” (Mt 2,1-2) “Então Herodes, chamando secretamente os magos, inquiriu exatamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera. E, enviando-os a Belém, disse: Ide, e perguntai diligentemente pelo menino e, quando o achardes, participai-mo, para que também eu vá e o adore. E, tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela, que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino. E, vendo eles a estrela, regozijaram-se muito com grande alegria. E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.”(Mt 2,7-11)

Outra referência é um pequeno trecho do Evangelho Apócrifo Segundo São Tiago. “Que sinal vistes indicando o nascimento desse rei?” Responderam os magos: “Um grande astro brilhou entre as demais estrelas de forma a ocultar-lhes [a luz].” (21,2)

Astrônomos tentaram, e ainda tentam, identificar algum fenômeno natural que possa corresponder a essas descrições. Fazendo uma correção de datas, de modo a se aproximar do ano mais provável de nascimento de Jesus Cristo, é possível, hoje em dia, realizar algumas simulações, com o auxílio de recursos computacionais, em busca da representação do céu que foi observado pelos magos. Considerando essa simulação e relatos de fenômenos observados na época, foram sugeridas algumas hipóteses. Uma das bases para essas sugestões é o trecho do Evangelho Segundo São Mateus: “Então Herodes, …, inquiriu exatamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera.” . Este trecho pode ser analisado como se a estrela surgisse em um horário específico, e que Herodes não sabia como observá-la, permitindo conjeturar que havia necessidade de algum conhecimento prévio para poder reconhecê-la no céu. O termo “magos” poderia estar se referindo a sábios, como era utilizado no oriente. Para o grego Heródoto, o termo “magos” se referia a sacerdotes eruditos que, estudavam os textos sagrados, tinham conhecimento de astronomia, realizavam observações do céu, e viviam na Pérsia. Analisando todo o relato de São Mateus é ainda possível realizar as seguintes conjeturas, de acordo com alguns pesquisadores: A estrela surgia no leste e aparecia em uma determinada hora, esteve visível durante um certo período de tempo, permaneceu à frente dos magos quando eles se moviam para o Sul, de Jerusalém para Belém, e manteve-se sobre Belém.

Assim foram estudadas algumas possibilidades. Poderia ser um cometa. Proposta feita inicialmente pelo grego Orígenes no século II. Não há registro da observação de algum cometa brilhante no período, e se houvesse seria facilmente localizado no céu, não havendo razão para o fato de Herodes não saber localizá-lo.  Após a observação da explosão de uma supernova por Tycho Brahe em 1572, esta também foi uma hipótese considerada. Seria também um evento facilmente observável. Uma outra hipótese, que foi considerada inicialmente por Johannes Kepler no século XVII, era uma conjunção de planetas. Várias possibilidades foram estudadas. Conjunção tripla de Júpiter e Regulus. Um encontro de Júpiter com Regulus (estrela mais brilhante da constelação de Leão) que ocorre por três vezes em seqüência. Fenômeno raro, e que pôde ser observado em um período próximo ao que imaginamos hoje ser o ano do nascimento de Jesus Cristo. Devido ao movimento retrógrado de Júpiter é possível encontrar elementos que satisfaçam as condições impostas pelo relato de São Mateus. Essa hipótese foi proposta por Frederick Larson em www.bethlehemstar.net. Outra hipótese considerada é uma conjunção tripla de Júpiter e Saturno.

Todas essas hipóteses são uma tentativa do ser humano em buscar compreender, dentro do seu limitado conhecimento da natureza, os mistérios do Universo. Santo Agostinho afirmava que o aparecimento da estrela de Belém foi um milagre. Fé e razão. Será necessário realizar uma escolha? Poderiam seguir caminhando de mãos dadas pelos caminhos da vida? Os modelos científicos desenvolvidos, com informações coletadas por diversas gerações, sendo usados de forma fraternal para a melhora das condições de vida dos seres humanos, servindo de suportes para a razão, e a fé servindo para aflorar a bondade e a compaixão, suportes para o espírito. Um futuro possível…

Comemoremos o nascimento de um menino iluminado.

Feliz Natal!!!

Paz e bem.

Céu limpo para todos.

“Mundos Perdidos de 2001”

dezembro 3, 2012

estou lendo, com voracidade enorme, o livro “Mundos Perdidos de 2001“, do escritor Arthur C. Clarke, que fala sobre o livro “2001 — Uma Odisseia no Espaço” e o próprio filme, no qual Arthur foi peça importante, já que escreveu o livro praticamente durante as filmagens, a pedido do diretor Stanley Kubrick. no livro aparece, inclusive, um resumido diário das filmagens, pelo autor da obra; uma das partes mais interessantes é como foi feita a cena mais famosa, a do homem-macaco descobrindo a primeira arma e, na cena, a transição mais longa do cinema, onde numa tomada, pulamos milhões de anos. a cena foi feita numa “bobiça” do próprio Kubrick, quase sem querer.
2001-monolitoalém destas boas histórias sobre as filmagens (e o nascimento da história toda), Clarke também adicionou alguns contos que deram origem ao argumento do livro/filme. e, pasmem, todos, já existiam muito antes das filmagens, que terminaram no fim dos anos 1960. um dos mais interessantes, é o “O Observador da Lua”, que é o da cena da transição, mas que no conto original, é muito mais interessante. na verdade, a história é totalmente diferente, e mostra um pesquisador extraterrestre que chega à Terra durante o Plioceno (de 2 a 5 milhões de anos atrás) e começa a estudar um grupo de hominídeos  um deles, o Moonwatcher, ou Observador da Lua (pois quando o viu, ele, diferentemente de todos os outros, estava admirando a Lua). mas, claro, não vou ficar aqui contando a história toda. 🙂
ou seja, isso tudo só mostra o quão Arthur estava a frente de seu tempo, pra ficar num clichê, como ele estava se antecipando a assuntos que só seriam usuais décadas depois.

ah, um fato interessante: segundo Clarke, o filme não levou um Oscar porque o pessoal de Hollywood achou que os macacos (da famosa cena inicial) usados no filme fossem realmente macacos. e não eram.

ah de novo: o nome HAL, o computador do filme, não é, segundo o próprio Clarke diz no livro, uma referência à empresa IBM, como se sugeriu à época (e, até hoje, é espalhado pela internet). foi só uma grande coincidência e era apenas uma sigla de algo que agora não lembro mais. porém, o boato foi mais forte que este pouco conhecido livro de Clarke (o que tenho em mãos é uma edição brasileira de 1973).

Satélite russo será visível a olho nu no Brasil HOJE!

novembro 8, 2011

[tweetmeme source=”romulomafra” only_single=false]falando em astronomia, hoje o Diarinho trouxe uma matéria sobre o assunto, falando sobre o tal asteróide que passará bem próximo da Terra. infelizmente, na matéria há um erro “astronômico”, quando colocado a distância da Terra com a Lua. a Lua não está a 384 quilômetros da Terra. este satélite que tanto estão falando, não será visível a olho nu, mas sim, com bons, e muito bons telescópios.
a distância da Lua para a Terra é de cerca de 384.000 quilômetros. já o asteróide que passará muito perto mas, que mesmo assim nem será visível a olho nu, estará a gigantescos e longiquos 325 mil quilômetros da Terra, e não 343 quilômetros apenas, o que o colocaria perigosamente dentro de nossa termosfera (os satélites voam a alturas entre 85 km e 690 km).
o 2005 YU55 viaja a cerca de 13 km/s, ou seja, perto dos 50.000 km/h e, segundo alguns astrônomos brasileiros, nem com telescópio será visível por aqui, pois ele passará durante o dia, e, à noite, já estará abaixo da linha do horizonte para nós.

Foguete russo sim será visível no Brasil hoje!
já o foguete russo que levará um satélite (de nome Phobos-Grunte) a lua marciana de Phobos, este sim, será visível a olho nu (principalmente em localidades com pouca poluição luminosa), inclusive para os itajaienses. este foguete ficará visível no momento em que acender um de seus foguetes, numa das voltas que dará na Terra antes de “se jogar” para o espaço em direção à lua de Marte. na segunda volta, quando ele acender o outro foguete, também será vísivel no Brasil, porém, na porção norte do país.
não tenho exatamente o caminho que ele fará para quem mora em Itajaí, mas, tenho o caminho do satélite em Florianópolis e Curitiba, bastando, para isso, os moradores das cidades entre esta, olhar mais ou menos entre os dois caminhos, naquele horário a partir das 20h52 (direção Oeste) desta terça-feira. e torcer para o céu estar sem nuvens. abaixo, as imagens. mais informações, aqui.
[atualização] quem quiser baixar o arquivo com a rota visível do foguete em várias capitais brasileiras, clique aqui.

Caminho do satélite em Floripa

Caminho do satélite para moradores de Curitiba

Chuva de meteoros nesta noite de sexta!

outubro 21, 2011

[tweetmeme source=”romulomafra” only_single=false]e é uma das poucas que será bem visível para nós, moradores do Hemisfério Sul. a chuva, chamada de Orionídeas, pois parecem prover da constelação de Orion (onde estão as famosas Três Marias), terá uma taxa aproximada de 15 meteoros por hora, ou seja, numa média de um meteoro a cada quatro minutos, podendo aumentar ou diminuir.
a constelação de Orion estará inteira no céu aqui da região de Itajaí, e de todo o nosso sul brasileiro, a partir das 23h30. ou seja, a partir dessa hora já vai ser possível ver os meteoros, que são na verdade partículas do cometa Halley (é, aquele mesmo, que passou por aqui em meados dos anos 1980).

na imagem ao lado, o Leste lá pelas 23h30, mostrando Orion e as Três Marias bem no meio da constelação.

Eclipe parcial a partir das 17h34 em Itajaí

junho 15, 2011

Foto minha da lua eclipsada às 18h40

[tweetmeme source=”romulomafra” only_single=false]a Lua estará eclipsada parcialmente (pois só vamos pegar o finzinho) pela sombra da Terra a partir das 17h34, hora que o Sol se põe e a Lua cheia estará nascendo à 115° Leste na constelação de Ofiúco. a Lua já nascerá com uma parte dela escurecida pela nossa sombra, que vai durar até perto das 19h.
pra quem gosta de olhar o céu e quer saber o que é aquela estrela muito perto de outra, é na verdade o planeta Saturno, ao lado da estrela Porrima, da constelação de Virgem (onde fica o centro da nossa galáxia, Via Láctea). Mercúrio também estará no céu, acompanhando o Sol em sua descida ao Oeste, mas dificilmente será avistada, já que estará muito próxima ao horizonte neste horário, pondo-se logo em seguida.

Saiba mais sobre o “fim do mundo” em 2012

maio 29, 2011

[tweetmeme source=”romulomafra” only_single=false]

agora sim, achei um texto suscinto e muito bem explicativo sobre toda esta palhaçada em cima de uma pseudo-profecia do fim do mundo em 21 de dezembro de 2012 pelos Maias. o texto é do Marcelo Aytolá, publicado na comunidade de Astronomia no Orkut, e, quem quiser, também tem algo sobre o assunto na Wikipédia:

Ontem tive a sorte de assistir parte de um documentário sobre a cultura Maia no “the History Channel”, da série “A origem das coisas”. Durante o documentário falou-se sobre o calendário Maia e alguma coisas descritas eu realmente não conhecia.

Então baseado no que eu já tinha lido sobre o assunto e o que descobri no documentário, resolvi escrever este pequeno texto para tentar esclarecer o pessoal sobre como funcionava e o que era o tão falado e temido calendário Maia.

O sistema vigesimal
Diferente de nós ocidentais, os Maias adotavam uma matemática baseada num sistema vigesimal, ou seja, de 20 números base (o nosso sistema decimal possui 10 números base). Isso se dava porque eles contavam os dedos das mãos e dos pés. Assim o número 20 era extremamente importante para eles, assim como o 10 é para nós.

O 13 para os Maias
Pelo que entendi, os Maias davam grande importância ao numero 13 pois, segundo alguns acreditavam para eles o céu eram compostos por 13 camadas, outros atribuem a importância do 13 às 13 lunações anuais. A verdade é que eles tinham como base temporal a dupla 13 e 20.

A contagem de tempo Maia
Os Maias possuíam um calendário solar muito mais preciso do que o calendário Gregoriano, que usamos hoje. Além disso possuíam um calendário religioso de 260 dias.

O Calendário solar, chamado Haab possuía 18 “meses” de 20 dias, sendo que cada dia do mês possuía um nome (como os nomes do nosso dia de semana), num total de 360 dias. Adicionava-se ao fim do calendário 5 dias extras, sem nome, num período chamado Wayeb. Este calendário regia a vida agrícola do povo.

O Calendário religioso, composto de 13 meses de 20 dias chamava-se Tzolk’in e possuía um total de 260 dias. Ele regia a vida religiosa e administrativa da cultura Maia.

Não é de se estranhar que os Maias, povo obcecado pela contagem do tempo, visse enormes transtornos em possuir dois calendários distintos. Então como era de se esperar, criaram um calendário que unificou a contagem. Tal calendário obedecia a um ciclo de 52 anos, ou seja, a cada 52 anos o primeiro dia do Haab se encontraria com o primeiro dia do Tzolk’in.

Este sim é o fim do mundo (na verdade, da América). Ou o começo, depende do ponto de vista: a Terra do Fogo. 😉

Ótimo, os Maias resolveram seu problema de calendários, porém criou-se outro. A cada 52 anos o calendário maia era zerado, ou seja, em menos de um ciclo de vida humana partia-se do ano zero ao ano zero do calendário, o que era problemático para a contagem de datas históricas. Sendo um povo extremamente organizado, com grandes bibliotecas e importantes datas a serem reverenciadas, tinha-se que criar uma forma de referenciar datas na história.

Criaram então o que ficou conhecido como Calendário de Conta Longa, como era este calendário:

1 K’in = 1 dia
20 K’in = 1 Winal = 20 dias
1 Tun = 18 Winal = 360 dias
1 K’atun = 20 Tun = 7.200 dias
1 B’ak’tun = 20 K’atun = 144.000 dias

O calendário de conta longa possuia 13 B’ak’tun de duração suas datas eram escritas da seguinte forma:

B’ak’tun (.) K’atun (.) Tun (.) Winal (.) K’in

Então o dia (K’in) 1 do calendário de conta longa era representado como:

0.0.0.0.1

O K’in 17 do Winal 6 do Tun 3 do K’atun 7 do B’ak’tun 5 seria representado assim: 5.7.3.6.17

Assim os Maias poderiam datar com precisão qualquer acontecimento histórico.

O “ano zero” Maia

Baseado em vários textos encontrados nos sítios arqueológicos Maias, estudiosos chegaram a conclusão que o ano zero do Calendário de Conta Longa (ou seja, 0 0.0.0.0) teria ocorrido em 11 de agosto de 3.114 antes de cristo. Devido a destruição do grande acervo histórico Maia armazenado em suas bibliotecas pelos conquistadores espanhóis, provavelmente nunca saberemos o motivo que os levou a escolher esta data como início de seu calendário.

Como os Maias eregiam grandes monumentos ao fim de cada K’atun (20 anos) existem vários registros de datas disponíveis para comparação e consulta.

2012, o fim

Os Maias davam grande importância ao fim de ciclos de contagem de tempo, daí a importância de se construir monumentos a cada Ka’tun, e o fim do ciclo de calendário circular (52 anos) era de grande importância religiosa pois os dois calendários novamente se encontravam. Muitos desses “fim de ciclos” eram vistos como “inicio de boa sorte” e outros como de “má sorte”.

Nada mais óbvio então que dar uma interpretação transcendental ao final do calendário mais longo dos Maias. Ou seja, o Calendário de Conta Longa.

Muitos dizem que em 21 de dezembro de 2012 o Calendário Maia acaba, que eles não continuaram o calendário, e que isso é um sinal do fim dos tempos… Ledo engano.

Em 21/12/2012 chegamos ao fim da contagem de tempo do calendário de conta longa, ou seja, chegamos ao 13.0.0.0.0 .

O que isso quer dizer? Os Maias não conseguiram continuar seu calendário? Por que pararam exatamente neste dia? Será um presságio para o fim do mundo?

É possível que para os Maias sim. Uma sociedade baseada nas mais variadas mitologias envolvendo contagem de tempo, a chegada de um marco tão importante deveria ser recheada de simbolismos, talvez benéficos, talvez maléficos. O que sabemos é que os Maias possuíam ciclos “adicionais” que poderiam ser acrescentados aos 13 B’ak’tuns, porém nunca foram usados no calendário de conta longa, talvez por imaginarem que seria desnecessário.

Se os Maias existissem hoje, qual seria a importância do ano 13.0.0.0.0? Talvez a mesma importância que demos a transição entre o ano 2000 e o ano 2001.

Resumindo

Para a cultura Maia, os ciclos eram de extrema importância na contagem do tempo. Todos os seus calendários eram cíclicos uma vez que eles viam o universo de forma cíclica. O fim do último B’ak’tun deveria ter sido o fim do grande ciclo temporal Maia, caso eles ainda existissem, e deveria ser recheado de simbolismo, entretando os Maias não existem mais.

Seus calendários são a prova viva que na mesoamérica pré-colombiana, povos de altíssima capacidade intelectual em todas as áreas do conhecimento floresceram e prosperaram em ramos da ciência que os ocidentais nem sonhavam existir, apesar de viver em uma civilização lítica.

Os Maias não foram ajudados por ETs a construir seu calendário. Ele é fruto da inventividade superior deste povo. Seu calendário não marca o “fim do mundo” mas apenas o fim de um ciclo. Seu fim em 21/12/2012 não quer dizer que eles pararam de calculá-lo, e sim que o dia 22/12/2012 será o dia 0.0.0.0.0 do novo ciclo do calendário de conta longa Maia.

O fim do maior ciclo desta cultura deve nos deixar, antes de mais nada, a lembrança desta imensa capacidade, perdida no tempo.

Iridium Flares a partir de amanhã

maio 7, 2011

a partir deste sábado, e nos próximos dias, teremos Iridium Flares nos céus de Itajaí (clique aqui para saber mais sobre as Iridium Flares).

abaixo, os horários e localizações dos fenômenos de reflexão da luz em satélites Iridium aqui na cidade (informações retiradas da página Heavens-Above):